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Estávamos pagando caro por goleiro no Operário, diz dirigente
Estávamos pagando caro para manter o goleiro Bruno Fernandes no Operário”. Esse foi o discurso do supervisor de futebol do Operário de Várzea Grande, André Xela, para voltar atrás e desistir da contratação do atleta, condenado a mais de 20 anos de prisão por participação na morte da modelo Eliza Samudio, mãe de um filho dele.
A notícia da contratação ganhou grande repercussão, após a afirmação do dirigente ao de que Bruno já havia assinado com o clube e aos patrocinadores só restava cumprir os contratos (Veja aqui).
A reação, no entanto, foi imediata, e logo foi anunciado o pedido do banco Sicredi que tinha contrato com a Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) para tirar sua marca nas camisetas do time. Em seguida houve um protesto de mulheres que vestiram preto e foram para frente do Estádio Dito Souza, no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande. Em seguida o anúncio de que a loja de eletrodomésticos Martinelo pediu a rescisão do contrato de patrocínio.
Diante da pressão o clube reviu sua posição, mesmo contrariado. A advogada Mariana Migliorini reclamou. “Os empresários de Várzea Grande não querem ter o nome do Bruno vinculado a eles por conta da repercussão social. Querem ele morto, isso não é pena, não é algo civilizatório. O Bruno já pediu perdão, cumpriu a pena. Deus perdoa, a sociedade não”, disse.
A liberação do ‘astro’ foi dada pela Justiça de Minas Gerais para que ele se mudasse para Mato Grosso com a família e trabalhasse no time com um salário de até R$ 5 mil.
Em uma entrevista ao Muvuca Popular, Xela contou que o que mais pesou para o cancelamento do contrato foi a perda de patrocínios do clube, além da pressão grande que chegou às redes socias com a hashtag #BrunoNão! A repercussão negativa também poderia tirar os torcedores das arquibancadas.
“Sem dinheiro não se faz futebol. Fora isso, a diretoria resolveu se reunir e entrar em consenso com o que estava acontecendo e decidimos encerrar a contratação. A pressão foi tão grande que não estava mais compensando manter ele no grupo. O clube acreditava no atleta, mas de fato não deu para seguir em frente”, pontuou.
Apesar de assinar contrato com o goleiro, o Clube não irá pagar multa. Segundo o dirigente, o que havia era apenas uma proposta de trabalho, e a Justiça também precisava definir pelo sim ou não do atleta.
“Agora, o certo é que o clube vai continuar arcando com todos os custos para ele voltar para o domicílio dele. Existe uma série de regras para serem cumpridas. Não é algo tão simples assim. Só falar não queremos mais. Precisamos seguir vários trâmites legais. Então, o Operário vai continuar dando amparo e se tiver outras despesas irá arcar também”, concluiu.
Após receber a informação de que não poderia mais ser atleta do Operário varzea-grandense, Bruno ficou tenso e entrou em depressão. Segundo sua advogada, ele ficou sem comer e não conseguia dormir.