Consultora financeira explica sobre a nova liberação de empréstimo para quem é beneficiário do BPC
Número de presos que vão ter direito ao ensino superior ainda pode subir após novas chamadas do Sisu
Ainda na primeira fase do Sisu, dados do Núcleo de Educação nas Prisões da secretaria estadual de Segurança Pública (Sesp), apontaram que, de 1.165 mil inscrições no Enem, 365 reeducandos concorriam a uma vaga. Após o resultado, divulgado em 28 de janeiro, seis deles, que cumprem pena em regime fechado na penitenciária Osvaldo Florentino Leite Ferreira, o Ferrugem, em Sinop (a 503 km de Cuiabá), foram aprovados em cursos da UFMT
A pasta informou que, por ora, outras unidades prisionais ainda não informaram à secretaria-adjunta de Administração Penitenciária sobre novas aprovações e matrículas. O levantamento deve ser concluído nos próximos meses, após a segunda e terceira chamada do Sisu, quando, conforme a Sesp, geralmente ocorre um maior número de aprovações.
Apenas no Ferrugem, os reeducandos foram aprovados para cursar Enfermagem, Engenharia Agrícola e Ambiental e Agronomia. Conforme a Sesp, após análise, que leva em consideração se o detento cumpriu, pelo menos, 1/6 da sentença e avaliações psicológicas, o juiz determina a liberação para que ele frequente a faculdade.
As provas foram realizadas dentro das unidades prisionais, com organização da Fundação Cesgranrio, empresa contratada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para a aplicação.
Direito à ressocialização
O resultado do Sisu trouxe à tona o debate sobre ressocialização de reeducandos que buscam formas cursar o ensino superior, mesmo que ainda não tenham cumprido toda a sentença, pois Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão por envolvimento no assassinato dos pais, em 2003, foi aprovada novamente no vestibular, desta vez para o curso de Turismo no Insituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP).