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Manifestação começou na última segunda-feira (10)
Um grupo de aproximadamente 30 alunos, de 16 a 18 anos, ocuparam a Escola Estadual Nilo Póvoas, na região Central de Cuiabá, no final da tarde desta segunda (10) para forçar o Governo a voltar atrás e não extinguir a unidade que completa meio século de história este ano. O Governo alega que está fazendo a readequação de vagas, já que algumas escolas estariam com poucos alunos e portanto ociosas, o que gera gastos desnecessários aos cofres públicos. A medida não agradou à parte da sociedade e à comunidade escolar, que já fez pelo menos dois protestos anteriormente.
A ocupação de hoje ocorreu por volta das 16h, de acordo com alunos, a entrada na unidade foi feita de forma tranquila. Eles pediram a chave à direção, que se negou a entregar. Após conversações, conseguiram que fossema abertas duas salas de aula, para que meninos e meninas durmam, esta noite, separados. Conseguiram também a chave da cozinha e estão se alimentando com o que tem a dispensa para merenda. Alegam que pretendem repor tudo, através de campanha de doação.
Depois da ocupação, dois homens foram à Nilo Póvoas e se apresentaram como sendo da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Como tem uma reunião previamente marcada com a secretária Marioneide, para o dia 19 deste mês, justamente com os descontentes com a extinção da Nilo Póvoas, eles informaram que a agenda só será mantida, mediante desocupação imediata.
Nesta noite, os alunos já jantaram e vão dormir nas salas em colchonetes e travesseiros que levaram.
Pretendem ficar acampados por tempo indeterminado, impedindo a entrada. “Vamos ficar até que o Governo suspenda a decisão de extinguir nossa escola”, diz um dos alunos, que preferiu não dar nome. “Já conversamos muito, resolvemos agora é entrar mesmo e estamos tranquilos e focados no que a gente quer, que é reivindicar o não fechamento da escola”.
A Polícia Militar até o momento não esteve na escola. Manifestantes não têm informações sobre recursos juidicias que possam ter sido impetrados, para que saiam.
Tem uma faixa pendurada no portão da escola. Está escrito nela: “OCUPADO”.
O Governo anterior, de Pedro Taques (PSDB), também enfrentou ocupações, pelo menos 22 unidades foram tomadas por alunos. Na época, ele os chamou de massa de manobra com fins políticos. A reivindicação deles era a revogação do edital que permitia parcerias do setor público com empresas privadas para oferta de serviços considerados “não pedagógicos”, como o preparo da merenda, serviços de manutenção e limpeza e vigilância.
Outro lado
Sobre a situação na Nilo póvoas, o Governo ainda não se manifestou sobre o assunto.