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A secretaria estadual de Educação (Seduc) reiterou, por meio de nota, que a decisão de desativar a Escola Estadual Nilo Póvoas, em Cuiabá, não será suspensa. Na tarde de ontem (10), um grupo de aproximadamente 30 alunos, entre 16 e 18 anos, decidiram ocupar o prédio para forçar o governo a repensar a extincão da unidade, que completará 50 anos.
Uma comissão de acompanhamento e orientação foi constituída pela Seduc para orientar a unidade escolar durante o processo de desativação. Conforme posicionamento da Seduc, o objetivo da desativação é transformar o imóvel no Centro de Referência em Educação Inclusiva Nilo Póvoas.
“Uma ação estratégica de gestão, com foco na melhor ocupação dos prédio públicos escolares e aplicação de recursos”, diz trecho da nota.
A Escola Estadual Nilo Póvoas será inserida no planejamento de redimensionamento e reordenamento escolar da Pasta. Segundo a Seduc, atualmente 126 alunos estão matriculados na unidade, sendo que 32 deles já finalizaram o ensino médio integral.
Os 94 estudantes que permanecerão nos 1º e 2º anos têm opção de remanejamento sem prejuízo pedagógico para a Escola Estadual Antônio Epaminondas, no bairro Lixeira, que também funciona em período integral. Além das escolas estaduais José de Mesquita, no Porto, Padre João Panarotto, no CPA IV, ou Professor Rafael Rueda, no Pedra 90.
Ainda de acordo com a Seduc, os profissionais lotados na unidade também não terão prejuízos, já que serão transferidos para a Escola Estadual Antônio Epaminondas. Assim como os servidores temporários, que serão direcionados para outras unidades educacionais.
A ocupação
Durante o protesto, os estudantes conversaram com a reportagem do e explicaram que começaram a ocupar o prédio ontem (10), por volta das 16h. Inicialmente, eles chegaram a pedir a chave do prédio na direção da escola, porém eles se negaram a entregar. No entanto, após conversas, os alunos entraram no local de forma pacífica.
Uma faixa produzida pelos alunos e esticada no portão da Escola Estadual Nilo Povóas ostenta a palavra “ocupada” e indica o que acontece por trás dos muros. Dentro da escola, meninos e meninas se organizaram em salas separadas. Eles conseguiram a chave da cozinha e estão se alimentando com os produtos que seriam usados para a merenda escolar. Os jovens ressaltaram que, após campanha de doação, os alimentos serão devolvidos.
Os estudantes disseram que pretendem acampar no local por tempo indeterminado. Até o momento, a Polícia Militar não foi acionada para comparecer à unidade.
Os manifestantes também afirmaram não terem conhecimento de recursos judiciais que possam ter sido impetrados para que saiam do prédio. “Já conversamos muito, resolvemos que agora é ‘entrar mesmo’. Estamos tranquilos e focados no que queremos, que é reivindicar o não fechamento da escola”, disse um dos alunos que prefere não se identificar.