O Governo do Estado viu aumentar 4,4% de seus gastos com folha de pessoal nos primeiros oito meses de 2019 em relação a 2018.
Segundo dados do Mira Cidadão, de janeiro a agosto deste ano foram gastos R$ 6,9 bilhões com salário e encargos sociais. Já no ano anterior, a folha consumiu R$ 6,6 bilhões. A diferença é de R$292,9 milhões.
Os meses de abril e maio foram os que o Executivo mais usou recursos para a folha. No primeiro foram R$ 1,3 bilhão. No mês seguinte, chegou a R$ 1,1 bilhão.
Já em 2018, nos oito primeiros meses, somente o mês de março chegou ao bilhão. Naquele mês, a folha consumiu R$ 1,4 bilhão.
Ainda de acordo com os dados do Mira Cidadão, o maior gasto da gestão do governador Mauro Mendes (DEM) foi com o Mato Grosso Previdência (MT Prev), que consumiu R$ 2 bilhões do caixa do Estado.
Em seguida, aparece a Secretaria de Segurança, que gastou com folha R$ 1,7 bilhão no período.
Completa a lista das três com maiores recursos para a folha a Secretaria de Educação. Ao todo, a Pasta teve R$ 1,6 bilhão destinado para salário de seus servidores.
Os dados demonstram que mesmo com o não pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) de todos os servidores neste ano, assim como benefícios salariais como a dobra salarial da Educação, que garantia 7,69%, o Executivo continua com o aumento exponencial da folha salarial.
Dados do 1º quadrimestre de 2019, da Secretaria de Fazenda, mostravam que o Executivo gasta 58,55% de seu orçamento com salários. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece que o limite máximo desse tipo de gasto é de 49%.
Com a minirreforma sancionada por Mendes em julho, o Executivo espera aumentar seu caixa em pouco mais de R$ 500 milhões e diminuir a diferença do estouro.
A expectativa é de deixar de estourar ainda em 2020, mas o aumento natural da folha, com os pagamentos de progressões, pode atrasar o fim do estouro.