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Governador diz que projeção aponta mais servidores inativos do que trabalhando já em 2022
O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que aguarda o resultado de um estudo que está sendo elaborado pelo Executivo há alguns meses para saber se encaminha à Assembleia Legislativa um projeto de reforma da Previdência de Mato Grosso.
O assunto, considerado extremamente espinhoso, é uma das grandes preocupações do Governo, já que, a cada ano, a Previdência no Estado registra um déficit de cerca de R$ 1,3 bilhão.
Nesta semana, inclusive, o presidente da Assembleia Eduardo Botelho (DEM) cobrou que Mendes encaminhe o projeto aos parlamentares ao invés de aguardar uma definição por parte do Congresso Nacional.
Isto porque a reforma aprovada em âmbito nacional não incluiu a Previdência de estados e municípios. O Senado articula uma Proposta de Emenda à Constituição, a chamada PEC Paralela, para fazer tal inclusão. A proposta, no entanto, divide opiniões entre os senadores.
“Eu vi com muito bons olhos a declaração do presidente da Assembleia. Isso mostra a preocupação e a compreensão que ele tem da gravidade que é esse problema. Vamos falar agora do Estado de Mato Grosso. Para vocês terem uma ideia, por mês, entre aquilo que arrecada a Previdência de Mato Grosso, e aquilo que nós gastamos para pagar os aposentados e pensionistas, faltam R$ 115 milhões”, disse Mendes.
“Existem estudos que estão sendo feitos dentro do governo e eles devem chegar às minhas mãos nos próximos dias. E aí nós vamos decidir se vamos ficar aguardando o Congresso Nacional ou se nós iremos apresentar para um debate independente das decisões a serem tomadas em Brasília”, acrescentou o governador.
Bola de neve
Ao tratar do assunto, o governador ainda lembrou que, a cada mês, entre 200 e 300 servidores se aposentam no Estado de Mato Grosso.
As projeções, segundo ele, mostram que já a partir de 2022, Mato Grosso terá mais servidores inativos do que trabalhando.
“E eles vão continuar recebendo. E quem paga essa conta não é o Estado, quem paga é o cidadão, o contribuinte que vive no Estado. Todo mês eu tenho que usar dinheiro dos impostos, do ICMS da energia elétrica, para bancar o déficit mensal”, alertou Mendes.
“Então, se não tivermos responsabilidade e mudar essa realidade, cada dia mais todos vocês aqui, todo cidadão em Mato Grosso terá que trabalhar mais, pagar mais imposto, para que a gente possa pagar os aposentados e pensionistas. É uma dura equação que tem que ser enfrentada com responsabilidade, com debate sério e honesto. O problema existe e vai piorar se não fizermos nada”, concluiu o governador.