Consultora financeira explica sobre a nova liberação de empréstimo para quem é beneficiário do BPC
Esquema foi denunciado pelo MPE; empresa Frialto pagou R$ 1,9 milhão para obter incentivos fiscais
A investigação que culminou na denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra Silval Barbosa e outros cinco acusados de participar de um esquema milionário de lavagem de dinheiro, por meio de pagamento de propina do frigorífico Frialto, teve início com uma delação premiada feita pelo ex-presidente da Metamat (Companhia Mato-grossense de Mineração), João Justino Paes de Barros.
Também foram denunciados Antonio Barbosa; os ex-secretários de Estado Pedro Nadaf e Marcel de Cursi; o procurador aposentado Francisco de Andrade Lima Filho, o “Chico Lima”, e o empresário Milton Luís Bellincanta, da Frialto e Nortão Industrial de Alimentos.
A delação de João Justino foi homologada em 13 de outubro de 2016. Ele relatou ao MPE que recebeu de Pedro Nadaf valores em dinheiro, pagos pelo empresário Milton Bellincanta, sócio da Frialto.
Para ocultar a natureza criminosa do dinheiro e a identidade dos beneficiários, ele revelou que comprou ouro, de modo irregular, na cidade de Peixoto de Azevedo (a 675 km de Cuiabá).
O empresário Bellincanta afirmou que repassou a João Justino, em três ocasiões, valores que somados totalizaram R$ 850 mil.
Em duas ocasiões, foram repassados R$ 300 mil e, numa terceira, R$ 250 mil. Justino confessou que recebeu os valores em Sinop – duas vezes na sede da Frialto e uma vez o aeroporto do município.
Segundo a denúncia, essa lavagem de dinheiro é objeto de outra ação penal, que tramita na 7ª Vara Criminal de Cuiabá.