Consultora financeira explica sobre a nova liberação de empréstimo para quem é beneficiário do BPC
Governador esperava R$ 665,1 milhões, mas receberá R$ 322,4 milhões por conta de não venda de lotes
O Governo de Mato Grosso vai receber R$ 322,4 milhões do megaleilão do pré-sal, realizado na quarta-feira (6). O valor está R$ 342,4 milhões abaixo da expectativa do Executivo, que era de R$ 665,1 milhões.
O democrata citou preocupação por conta da arrecadação abaixo do esperado (leia mais abaixo).
O leilão garantiu uma arrecadação de R$ 69,96 bilhões. Dos quatro campos oferecidos, dois foram arrematados e dois não atraíram interessados. Se todos os blocos fossem arrematados, o valor chegaria a R$ 106,5 bilhões.
A frustração na receita do leilão afetou os repasses que seriam feitos aos estados. Ao invés de o Governo Federal distribuir R$ 10,8 bilhões, irá repassar R$ 5,3 bilhões.
O dinheiro era considerado crucial por Mendes para que o Governo tivesse fôlego nos últimos meses do ano.
Isso porque o democrata precisa garantir, além dos R$ 500 milhões da folha salarial de dezembro, quase R$ 600 milhões para o pagamento do décimo terceiro salário dos servidores.
O governador disse ter havido um êxito parcial com o leilão, mas ressaltou preocupação por conta do não interesse em dois dos lotes oferecidos.
“Apesar do êxito parcial com a venda de alguns dos lotes, vejo com preocupação, porque se houve lotes sem apresentação de proposta significa que há uma desconfiança com relação a esses lotes ou até mesmo uma inviabilidade dos mesmos”, afirmou.
“Neste momento, o Brasil precisa colocar todos os projetos em marcha para a retomada da economia brasileira”, acrescentou Mendes.
O megaleilão
A praça ofereceu volumes de reservas excedentes ao contrato da cessão onerosa, assinado entre União e Petrobras em 2010, que autorizava a produção pela petroleira estatal em determinadas áreas do pré-sal da Bacia de Santos de até 5 bilhões de barris de óleo.
Foram a leilão reservas da camada de petróleo do pré-sal já descobertas pela Petrobras, mas que excedem o volume que a empresa tem direito de produzir.
Inicialmente, 14 empresas foram habilitadas para participar da disputa, mas o leilão foi marcado pela falta de interesse e desistência das grandes petroleiras estrangeiras.
A Petrobras levou os dois blocos em que já havia exercido o direito de preferência, garantido por lei. O bloco de Búzios, o maior de todos, foi arrematado em consórcio formado com as chinesas CNODC Brasil (5%) e CNOOC Petroleum (5%). Já o bloco de Itapu será 100% da Petrobras, que levou a área sozinha, sem sócios.
Os blocos de Sépia e de Atapu não tiveram interessados.