Consultora financeira explica sobre a nova liberação de empréstimo para quem é beneficiário do BPC
Obra apresenta problemas desde a sua inauguração, em 2018; trabalhos devem ser iniciados na segunda
A Câmara de Vereadores de Chapada dos Guimarães instaurou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), nessa quinta-feira (21), para investigar ilegalidades no projeto e execução da obra do Sistema Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) do Município.
A obra, feita pela construtora Nhambiquaras, custou R$ 17 milhões aos cofres públicos e, desde a sua inauguração em janeiro de 2018, apresenta problemas de funcionamento.
A promessa era de acabar com o problema de falta de água que assombra os chapadenses há décadas.
Após a escolha dos membros da comissão, os trabalhos devem começar a partir de segunda-feira (25).
De acordo com o vereador Carlos Eduardo de Lima Oliveira (PT), popularmente conhecido como Carlinhos do PT, a Câmara tem recebido inúmeras reclamações de moradores sofrendo sem o devido abastecimento de água.
“A gente está recebendo inúmeras reclamações e com toda razão. Uma obra tão cara, tão grande, tão faraônica que foi feita e não funcionar, não entregar para a população aquilo que deveria ser entregue”, criticou.
Uma denúncia feita por líderes partidários em fevereiro do ano passado aponta um possível superfaturamento na obra, inicialmente orçada em R$ 4,5 milhões.
O documento também afirma haver falhas no projeto de escolha de captação na Ponte Zélito, que é a principal fonte atual. Um estudo teria apontado um desnível de bombeamento de 450 metros. Além disso, o petista ainda apontou que há uma distância de 12 quilômetros entre a captação até o SAAE.
“Algumas pessoas questionam o custo de manutenção de tudo isso, que é muito caro. É algo que precisa ser investigado mesmo, tanto pelo Ministério Público, quanto pela Câmara”, pontuou o vereador.
O político ainda apontou o que chama de descaso da Prefeitura e do SAAE para resolver os problemas. Segundo ele, os vereadores levam as reclamações dos moradores até os órgãos responsáveis, no entanto, não há retorno.
“Acho que todos os vereadores têm cobrado isso. A gente se depara com muita morosidade de resolver, por exemplo, o conserto de uma bomba que foi queimada. E a demora de se resolver ocasiona todo esse caos que está ai”, afirmou.
Denúncias
No dia 13 de outubro, as bombas de captação queimaram e a cidade passou por escassez por mais de um mês. Segundo o vereador, a situação passou a normalizar nessa quarta-feira (20) depois da instalação de uma nova bomba.
“Conseguiram arrumar uma bomba e colocaram no lugar da que estava queimada. Começou a normalizar o serviço em função do funcionamento da nova captação, mas ainda não está 100%”, relatou o político.