Consultora financeira explica sobre a nova liberação de empréstimo para quem é beneficiário do BPC
Além do ex-presidente, foram indiciados também o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o ex-ministro Antonio Palocci e o ex-presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht.
O ex-presidente Lula continua às voltas com a Justiça. Desta vez ele acaba de ser indiciado pelo delegado da Polícia Federal, Dante Pegoraro Lemos, por doações irregulares de R$ 4 milhões feitas pela Odebrecht ao Instituto Lula, entre dezembro de 2013 e março de 2014.
Além do ex-presidente, foram indiciados também o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o ex-ministro Antonio Palocci e o ex-presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht. Todos foram indiciados por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Agora, o inquérito vai para o Ministério Público Federal do Paraná, que decide se denuncia ou não o ex-presidente. Caso faça a denúncia, o juiz precisa acatar e tornar o ex-presidente réu em mais uma ação. Hoje, Lula já responde a sete ações penais.
Lula já responde a um processo por ter recebido de presente por parte da Odebrecht e um terreno, no valor de R$ 12 milhões, que serviria de sede para o Instituto Lula, além da compra de uma cobertura, ao lado do imóvel onde mora, em São Bernardo do Campo. Esse processo está em fase final e aguarda sentença do juiz Luiz Antonio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba, a mesma que era ocupada pelo então juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça de Bolsonaro.
O delegado Lemos analisou ainda outras doações ao Instituto Lula, que partiram de empresas como Queiroz Galvão, Camargo Correa, OAS, Andrade Gutierrez, UTC, Consórcio Quip e BTG Pactual, mas a PF não verificou a prática de crimes nesses outros casos. No caso da doação de R$ 4 milhões da Odebrecht ao instituto do petista, o próprio Marcelo Odebrecht havia dito que as doações fizeram parte das propinas pagas pelo grupo ao ex-presidente, dentro da conta “amigo”, administrada pelo ex-ministro Antonio Palocci, cujo dinheiro era destinado a Lula.
Em e-email trocado entre Marcelo Odebrecht e o executivo da empreiteira Alexandrino Alencar, o então presidente da empreiteira dizia que o dinheiro sairia de uma conta de caixa dois que o PT tinha junto ao departamento de propinas da construtora. “Vai sair de um saldo que o amigo de meu pai ainda tem comido de 14”, explica Marcelo a Alexandrino. “Amigo de meu pai” é Lula. E saldo de 14 é de R$ 14 milhões.
Em seu relatório, o delegado diz que no inquérito “surgiram, então, robustos indícios da prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, considerando o pagamento de vantagem indevida a agente público em razão do cargo por ele (Lula) anteriormente ocupado”, afirma o delegado Dante Pegoraro Lemos.