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Pivetta elogia mandato de um ano de Selma e diz que Senado perderá com sua saída
O vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) acenou à senadora cassada Selma Arruda (Podemos), e a seu eleitorado, ao afirmar que quer disputar a eleição suplementar, que deve ocorrer em abril próximo.
Em entrevista à TV Vila Real, na manhã desta segunda-feira (20), Pivetta disse que, caso eleito, defenderá o movimento “Muda Senado”, ao qual Selma fez parte. O movimento agrega congressistas insatisfeitos com a gestão do atual presidente, Davi Alcolumbre (DEM).
Segundo Pivetta, o objetivo é que, assim que estiver lá, defenda movimentos reformistas necessários ao País, como acabar com privilégios, combater a corrupção e desburocratizar o setor público.
“Minha experiência, meu conhecimento da iniciativa privada, dos trabalhadores, do setor público municipal e agora estadual, vejo que não vamos avançar sem as importantes reformas que o Brasil precisa. Estou determinado a ser candidato ao Senado. Ser um senador reformista, um senador do Muda Senado”, afirmou.
“Quero ser senador para acelerar as reformas necessárias ao Brasil. A reforma política é a primeira; a reforma tributária; pacto federativo; prisão em segunda instância. Está mais do que na hora de acabar com privilégios de pessoas abastadas, os mais ricos. Só vai para cadeia pobre e preto no Brasil. Então, é preciso, urgentemente, fazer essas reformas e quero ser um agente que ajudará a acelerar essas reformas no Brasil”, acrescentou.
O aceno às pautas da senadora cassada não é à toa. Pivetta disse que a saída de Selma no Senado foi uma surpresa e trouxe grande perda a Mato Grosso e ao Brasil.
“Para mim foi uma surpresa. Eu me sentia muito bem representado pela senadora Selma. E diante do episódio que aconteceu e das novas eleições, pensei muito e vejo que, hoje, não posso servir melhor Mato Grosso do que no Senado Federal”, disse.
“Eu tenho simpatia por ela, pelo trabalho que ela vinha desenvolvendo. Acho que Mato Grosso e o Brasil perderam. E diante do que aconteceu foi que me senti motivado para encarar esse desafio. Porque já vivi o bastante para saber que precisamos enfrentar problemas estruturais do Brasil vive. Acabar com privilégios, combater a corrupção e desburocratizar o setor público”, afirmou.
Agronegócio
Pivetta é um dos principais empresários ligados ao agronegócio, sendo próximo do ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (Progressistas). Entretanto, disse que não será um senador para representar esse setor.
Disse que, se o Governo não atrapalhar, o agronegócio consegue andar sozinho. Mas que é preciso de um político para defender o interesse da sociedade.
“O agronegócio é um setor que vai muito bem em Mato Grosso. Pelo lado do agronegócio, não precisaria governo. Eu conheço o agronegócio porque sou um dos agricultores de Mato Grosso. Fazem 35 anos. O que governo precisa fazer para o agronegócio é não atrapalhar. Então, não vou fazer nada contra o agronegócio. Não precisamos disputar com o agronegócio”, disse.
“Se eu chegar ao Senado, meu mote vai ser a defesa da sociedade, especialmente a criação de capital social, que em minha opinião é dever do Estado. Nisso, o Estado é insubstituível nisso. Oferecer Educação, Saúde, Segurança e Infraestrutura é papel do Poder Público. As demais coisas, a gente compra no Estado”, completou.