Consultora financeira explica sobre a nova liberação de empréstimo para quem é beneficiário do BPC
As declarações do ministro de Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto sobre a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande não agradaram ao governador Mauro Mendes (DEM). O democrata afirma que irá a Brasília na próxima semana cobrar do integrante do primeiro escalão da república os recursos para a conclusão da obra.
O posicionamento do chefe do Executivo Estadual é reflexo de uma declaração de Canuto que, nesta semana garantiu ao senador Wellington Fagundes (PR), que há recursos disponíveis para conclusão da implantação do novo modal de transporte em Cuiabá e Várzea Grande.
Segundo o ministro, os contratos de financiamento do VLT se encontram ativos e disponíveis. São recursos contratados junto a Caixa Econômica Federal e BNDES e cuja utilização vai depender da avaliação final sobre a obra.
“Semana que vem vou a Brasília para ele [Canuto] me mostrar onde está esse dinheiro, porque uma coisa é falar. Vou ao Ministério e ver quanto ele vai dar, quero o dinheiro”, rebateu o chefe do Executivo Estadual.
Mendes vai mais além e ainda lembra que, Governo Federal garantiu por diversas vezes que repassaria os recursos oriundos do Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX), e até o momento nada chegou aos cofres do Estado.
“Cadê o nosso FEX que ia vir no final do ano. Eu ouvi do Paulo Guedes umas 10 vezes, na frente de várias pessoas, que ele ia pagar o FEX. Em uma das reuniões ele, inclusive, chegou a se irritar com o senador Jayme Campos. Pagou? Não, não pagou. Então, vou lá no Canuto e vou querer saber cadê o dinheiro para o VLT”, alfinetou.
Assim que assumiu o comando do Palácio Paiaguás em janeiro de 2019, Mendes prometeu que daria uma resposta quanto às obras do VLT dentro de um ano.
Uma comissão técnica especial, inclusive, chegou a ser formada para analisar as alternativas viáveis a serem adotadas pelo Governo do Estado.
O governador afirma que o estado ainda não foi concluído e, por isso, ainda não apresentou nada de concreto para a população. De acordo com ele, o atraso se deve a mudanças ocorridas no Governo Federal.
“Nunca disse que não ia retomar as obras do VLT. Pedi um ano para dar essa solução, mas infelizmente não foi possível. Criamos uma comissão com vários profissionais do governo estadual e federal, que estão trabalhando nisso junto. Acontece que, foi trocado três vezes o secretario nacional de Mobilidade Urbana, e isso atrapalha um pouco”, explicou.
O VLT foi projeto pelo Governo para ser entregue em 2014, dentro do pacote de obras para a Copa do Mundo, realizada naquele ano no Brasil. Cuiabá foi uma das sub-sedes.
As obras começaram em 2012. O empreendimento tem contrato de financiamento no Programa Pró-Transporte, com recursos da Caixa Econômica Federal e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O modal de mobilidade urbana está projetado para ter uma extensão de 22 quilômetros, com dois itinerários. O primeiro trecho ligando o Aeroporto Marechal Rondon até a Avenida Rubens de Mendonça. O segundo sairia da Avenida Tenente Coronel Duarte até a região do Coxipó.