Consultora financeira explica sobre a nova liberação de empréstimo para quem é beneficiário do BPC
O deputado federal Nelson Barbudo (PSL) cobrou do governador Mauro Mendes (DEM) na noite dessa sexta-feira (7) a adesão à proposta do presidente da República Jair Bolsonaro de zerar os impostos federais sobre combustíveis se os governadores também zerarem a cobrança do ICMS.
Como forma de pressionar Mendes a dialogar com o setor da agricultura, Barbudo garantiu que o chefe do Executivo prometeu durante a campanha de 2018 que iria reduzir o imposto, caso o Governo Federal diminuísse o ICMS sob o óleo diesel.
Ocorre que o preço cobrado na bomba vem sendo tema de debates entre autoridades dos governos federal e estaduais. Segundo Mendes, a proposta de Bolsonaro é impraticável. Isso porque o ICMS dos combustíveis representa 25% da receita própria de Mato Grosso, o que é a média dos estados. Já o PIS e o Cofins são apenas 2% dos impostos arrecadados pela União.
“Governador vou lembrar o senhor de uma promessa de campanha para com os nossos eleitores. Olha lá: ‘reduzindo o ICMS do Diesel em Mato Grosso, aumentando o consumo, diminuímos a sonegação e, com isso, a arrecadação aumenta’. Claro, governador. Todo mundo sabe disso, só que agora o senhor diz que a proposta do Bolsonaro é indecente. Ele quer cortar o dedinho e o senhor cortar a perna. Com Fethab 2, o senhor cortou praticamente as duas pernas e os dois braços dos agricultores mato-grossenses. Isso não tem problema, né governador?”.
“Vamos pensar e vamos aderir aos quatro governadores de Rondônia, Goiás, Acre e Piauí, que já se propuseram a conversar. Governador, ninguém aguenta esse preço de óleo diesel. Se continuar assim, a agricultura fica inviável e o senhor não se dispõe ao menos a conversar. O senhor propôs na sua campanha a diminuição do ICMS sob o combustível e agora nega peremptoriamente conversar. Não é isso que esperamos do senhor e tenho certeza que a semana que vem o senhor se juntará ao bloco de governadores que querem o bem do consumidor. Um grande abraço. Segura bola que nós estamos vendo para que lado o senhor a chuta, se é o lado pessoal ou o lado daqueles que o elegeram”, declarou Barbudo, em vídeo que circula nas suas redes sociais.
Com um ano de mandato, Mendes tomou medidas que teriam melhorado o caixa, como a reinstituição dos incentivos fiscais e a aprovação do Novo Fethab, o que aumentou a contribuição da classe produtiva do Estado.
“Eu zero o federal se eles zerarem o ICMS. Está feito o desafio aqui agora. Eu zero o federal hoje, eles zeram o ICMS. Se topar, eu aceito”, disse Bolsonaro esta semana, no Palácio da Alvorada.
“Olha o problema que eu estou tendo com combustível. Pelo menos a população já começou a ver de quem é a responsabilidade. Não estou brigando com governadores. O que eu quero é que o ICMS seja cobrado no combustível lá na refinaria, e não na bomba. Eu baixei três vezes o combustível nos últimos dias, mas na bomba não baixou nada”, completou o presidente.