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A atual reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Myrian Thereza de Moura Serra, renunciou ao cargo.
Ele protocolou em Brasília, nesta sexta-feira (21), o ofício nº 15/2020 endereçado ao presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), João Carlos Salles Pires da Silva
“Por razões de cunho pessoal, comunico a minha renúncia ao Cargo de Reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a partir de 02 de março de 2020. Agradeço à ANDIFES pelo apoio recebido. Fiz muitos amigos que são essenciais para a vida e para o exercício de nossa função. A partir de agora estarei em outras frentes, sempre em defesa da Educação Superior Autônoma, Pública, Gratuita, Democráca, Laica e Inclusiva”, afirma Myrian.
A reitora enfrenta denúncias de danos ao erário e má gestão do dinheiro público. Um relatório da Controladoria Geral da União (CGU), referente ao exercício de 2019, avaliou a gestão orçamentária da universidade. Auditoria interna encontrou indícios de potencial ilícito administrativo praticado por Myrian.
“Recomenda-se à Reitora da UFMT instaurar Processo Administrativo de Responsabilização (PAR) para apuração e promoção de eventual responsabilização do agente causador do prejuízo ao erário”.
Guerra com ministro
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, já estaria articulando a formação de uma lista tríplice para que houve nossa eleição na UFMT. Myrian ocupa o cargo desde 2017, quando foi indicada no governo do ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Em visita a Cuiabá em setembro do ano passado, o ministro fez duras críticas à Myrian, afirmando que sua gestão fala por si mesma e a classificando como “ruim”.
Ilícitos encontrados
Foi verificado pela CGU o pagamento indevido de refeições ao fornecedor do Restaurante Universitário (RU), a empresa Novo Sabor Refeições Coletivas Ltda, onde registrou-se aumento no período de 2017 a 2018 de 592%.
E entre 2017 e 2019, de 576%, ou seja, um exorbitante aumento em 2018, com redução para 2019, se comparado ao ano base 2017. O relatório aponta ainda para um suposto descaso e falta de economia com os gastos em energia elétrica.
Vale lembrar que em 16 de julho houve um corte no fornecimento que deixou todo os campus sem luz, suspendendo todas as aulas em Mato Grosso.
“A contas com energia elétrica ultrapassam R$ 1.800.000,00, acumuladas ao longo dos anos de 2017, 2018 e 2019 e há execução de despesa sem limite orçamentário, caracterizando infração administrativa contra a Lei de Finanças Públicas”, diz trecho do documento.
De 1º de janeiro de 2017 a 31 de julho de 2019, as despesas com serviços diversos somaram R$ 246.511.230,63. Já os empenhos com energia elétrica somaram R$ 28.942.474,59 (cerca de doze por cento) no mesmo período.
O outro lado
A reportagem entrou em contato com a Comunicação da UFMT. A equipe afirmou que está levantando a informação sobre a renúncia da reitora e que irá se manifestar em breve.