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O deputado estadual Ulysses Moraes (PSL) oficializou uma denúncia no Ministério Público Estadual contra o prefeito de Rondonópolis, Zé Carlos do Pátio, pelo gasto de R$ 715 mil em papel higiênico. A denúncia está sendo apurada pelo Ministério Público de Contas (MPC), que já mostrou diversos indícios graves de ilegalidade no processo de compra.
Em vídeo, o parlamentar questiona se a secretária de Saúde do município, Izalba Albuquerque, utilizou o coronavírus (Covid-19) para aproveitar a dispensa de licitação na compra do material.
“Talvez a secretária não tenha lido a compra que ela fez, o documento que ela assinou. Aqui ela diz o seguinte, que o quantitativo de 204 mil rolos é estimado para o período de 90 dias. Será que a secretária utilizou o coronavírus para fazer dispensa de licitação? Não justifica”, afirma Ulysses.
De acordo com Izalba, durante o ano de 2019 inteiro foram adquiridos 198 mil rolos de papel higiênico. Entretanto, na compra de quase R$ 1 milhão de reais, a gestão afirma que a quantia será apenas para 90 dias. “Essa gestão está uma verdadeira vergonha nessa pandemia”, completa Ulysses.
Em resposta aos questionamentos de Ulysses, a secretária já afirmou que o não conhecia o deputado e que ele não compreende a situação do município. “O senhor está tentando atingir politicamente o prefeito Zé do Pátio, que é um homem muito sério e tem uma história política irrepreensível”, defendeu, afirmando ainda que o dinheiro público é “muito bem aplicado”.
Em nota, a prefeitura afirma que o cálculo para a compra considerou um cosumo elevado devido ao coronavírus, com maior movimentação em hospitais e unidades de saúde. De acordo com o último boletim epidemiológico da Secretária Estadual de Saúde, Rondonópolis possui 50 casos confirmados e nenhuma morte em decorrência da Covid-19.
Além disso, de acordo com o MPC, o fornecedor dos papéis higiênico está cadastrado na Receita Federal como comércio especializado de equipamentos de informática, o que não é compatível com a compra. O processo aponta ainda que a empresa beneficiada apresentou um segundo orçamento com indícios de rasura, no valor de R$ 900 mil.