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domingo, 22 de dezembro de 2024

Vereadores invadem competência do Judiciário ao tentar ‘julgar’ prefeito

Vereadores da oposição em Cuiabá, que conseguiram “emplacar” um relatório pedindo afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro, estão conscientemente invadindo a competência do Poder Judiciário ao tentar “julgar” o gestor, por suposta irregularidade que teria cometido quando ainda era deputado estadual.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) inciada há três anos não deverá ter nenhum efeito e o pedido de afastamento deve ser derrubado em plenário, quando for para análise dos demais vereadores.

A CPI é formada por três vereadores: o relator, Toninho de Souza; o presidente da Comissão, Marcelo Bussiki; e Sargento Joelson. Em sessão na sexta-feira (10), Bussiki e Joelson votaram por afastar o prefeito por 180 dias e instalar uma comissão processante para tentar sua cassação, enquanto Toninho de Souza apresentou um relatório deixando claro que os parlamentares não podem julgar o gestor.

Em seu documento, Toninho apontou ser “impossível” responsabilizar o prefeito Emanuel Pinheiro, pois o vídeo em que Emanuel aparece recebendo dinheiro, ocorreu na época em que ele era deputado estadual e não no cargo de prefeito, ou seja, não dizia respeito à Câmara. Alías, Pinheiro se defende na Justiça, a seara correta, sobre o caso.

O dinheiro recebido, segundo um assessor do gabinete do ex-governador Silval Barbosa, era referente à pesquisa eleitoral do instituto do irmão do prefeito, Marcopolo Pinheiro. Pinheiro, então deputado, apenas teria recebido o valor em nome do irmão.

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