Consultora financeira explica sobre a nova liberação de empréstimo para quem é beneficiário do BPC
O deputado democrata, Eduardo Botelho, primeiro-secretário da Assembleia, saiu nesta quinta-feira(25), em defesa da colega de parlamento, a emedebista Janaina Riva, ao compactuar com sua declaração feita nesta última segunda-feira(22), que o auxílio de R$ 150 do projeto ‘Ser Família’ – já aprovado no Legislativo -, seria insuficiente para matar a fome da população.
Para o parlamentar democrata, o projeto emergencial que ajudará 100 mil famílias que vivem em extrema pobreza é mesmo muito pouco. Ao assegurar que pelo menos 20% da população, dos mais de 3,2 milhões de habitantes que vivem em Mato Grosso, estão passando ou vão passar, em breve, neste período de pandemia, por situações muito difíceis financeiras. E que, assim, este R$ 150 oferecido pelo Governo do Estado seria pouquíssimo.
Defendendo, assim, uma ajuda emergencial, neste momento de excepcionalidade por conta da pandemia da covid-19, de no mínimo R$ 600. Uma ajuda às pessoas mais carentes e que deve ser dividida entre o governo federal, estadual e os municípios.
“O que eu defendo é que haja uma ajuda de R$ 600,00. E que este dinheiro possa ser dividido entre o governo do Estado e os prefeitos. Ou melhor, que seja R$300 do governo federal, R$150 do governo estadual e o restante que seja pago pelos prefeitos. Tem que haver esta participação de todos e não só achar que tem que ficar tudo nas costas do governo federal, que é só ficar aí emitindo moeda e resolver. Os governos estaduais e municipais têm que participar também”.
A declaração de Botelho foi feita em entrevista ao site VGNotícias, quando reiterou que a deputada Janaina Riva, estaria coberta de razão, quando falou na tribuna da Assembleia, esta semana, que era ‘hora de esquecer a construção de pontes e estradas para salvar vidas, para que os mato-grossenses não morram com falta de ar ou de fome”
“Temos que parar com as obras, não é hora de fazermos grandes obras. A hora é de cortarmos despesas e ajudar a salvar vidas. Ajudar a quem está passando fome. O problema é de todos. Dos governos federal, estadual e do prefeito”.
Lembrando que, contudo, o governador Mauro Mendes(DEM) vem fazendo o dever de casa, ajudando como pode e mexendo no caixa do Estado. Ao criar projeto de lei, já aprovado na Assembleia, garantindo linhas de crédito para microempreendores e outros pequenos empresários, a juros zero ou baixíssimos. Além do auxílio de R$ 150 no programa ‘Ser Família’.
“Vejo que o governador Mauro Mendes tem feito sua parte. Está aí ajudando os pequenos empresários através deste financiamento para os pequenos empresários e deve ajudar mais com isenção do IPVA, prorrogar ou até isentar os pequenos empresários do ICMS. Mas o que a Janaina Riva disse é verdade, temos que ajudar mais, pois ainda temos feito muito pouco para aqueles que agora, mais do que nunca, estão precisando”.
Entenda o caso
No início da semana, a deputada emedebbista Janaina Riva defendeu na tribuna da Assembleia – ao cobrar do Estado medidas emergenciais finaceiras para ajudar a população de baixa renda e ainda setores mais penalizados com a paralisia econômica -, que a hora não era de ‘construir pontes e estradas, mas salvar vidas, para que os mato-grossenses não morram com falta de ar ou de fome”.
Ao ressaltar que o auxílio de R$ 150 do projeto ‘Ser Família’ seria insuficiente para matar a fome da população.
“[…]Os auxílios que o Governo criam são insuficientes. O Estado tinha que parar. É hora de dar dinheiro para a população, para empresas, comércio, para o povo que está passando necessidade. Os R$ 150 do ‘“Ser Família’, é insuficiente, não enche uma geladeira.[…]Hoje aqui estamos todos precisando de desabafar e estamos com a necessidade de ser ouvidos. As ruas já estão nos condenando e nós deputados não fazemos decretos, nós não temos culpa dos erros que já foram cometidos e que, hoje, na minha opinião, se aceitarmos fechar novamente o comércio, vamos quebrar o estado de Mato Grosso. As pessoas estão clamando pelo alimento e pelo seu emprego. A situação é desesperadora. É morrer pela falta de ar e morrer também pela falta de comida”.
Assegurando que os defensores do lockdown são aqueles que recebem em dia, ao contrário de muitos que precisam de trabalhar diariamente para levar o sustento para suas casas. Pontuando dentre os defensores desta medida servidores do Judiciário, do Ministério Público, políticos, ou seja, ‘todos nós estamos recebendo nossos salários em dia’, ainda pontuou a emedebista.