Consultora financeira explica sobre a nova liberação de empréstimo para quem é beneficiário do BPC
Embora faça parte da bancada de oposição ao governo do Estado, o deputado Lúdio Cabral (PT) tem se posicionando favor das ações do Executivo para o combate da pandemia da covid-19. Nesta terça-feira (7), o parlamentar, que também é médico sanitarista, orientou o governador Mauro Mendes (DEM) a insistir na liberação da 1,2 milhão de doses do imunizante para Mato Grosso por meio de uma ‘carona jurídica’.
“Mesmo com a recusa da Anvisa ontem, Mato Grosso tem que se unir aos outros estados e insistir na aquisição da vacina Sputnik V. A luta pela liberação da vacina Sputnik V deve continuar pelas esferas administrativas e judiciais, buscando carona nos governadores do nordeste”, disse durante a reunião ordinária da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa.
Ocorre que nesta segunda-feira (27), gerentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiram relatório para reprovar a importação da vacina russa Sputnik V pelo Brasil. O parecer compromete a negociação do governo de Mato Grosso, que anunciou a compra direta dos imunizantes que tinha previsão de chegada ainda no mês de abril.
A aquisição das vacinas foi possível através de uma parceria com o Fórum de Governadores da Amazônia Legal e do Consórcio Nordeste, que articulam em conjunto a exportação do imunizantes. O grupo tem exercido uma forte pressão para que Anvisa libere o uso da vacina, que já é utilizada em pelo menos 60 países.
Nesse contexto, o petista defendeu que o Estado ingresse com uma liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) para conseguir a liberação das doses. Uma ação semelhante vem sendo movimentada pelo governo do Maranhão.
“O governo do Maranhão entrou com ação no STF em busca de autorização para comprar vacinas autorizadas por agências reguladoras de outros países e seria interessante para Mato Grosso participar dessa ação”, finalizou.
Aval da Anvisa
No documento divulgado na segunda-feira (26), a Anvisa apontou falhas e pendências na documentação apresentada pelo fabricante e ainda alegou que o imunizante pode trazer riscos à saúde. O relator do processo, Alex Machado Campos, classificou a situação atual da vacina como um “mar de incertezas” e que aponta um cenário de riscos “impressionante”.
Mendes, por sua vez, sustenta que a a Sputnik V foi aprovada por 3 agências e a legislação brasileira permite a aprovação automática de vacinas quando ao menos uma das 11 principais órgãos reguladores internacionais autorizam o uso do imunizante.
De acordo com o Estado, as doses seriam capazes de imunizar mato-grossenses a partir de 30 anos em até quatro meses.