Consultora financeira explica sobre a nova liberação de empréstimo para quem é beneficiário do BPC
Após o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) publicar em seu Instagram um vídeo em que o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, dizia que iria “investir forte” para tirar o VLT de Cuiabá do papel, o presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso, Sérgio Ricardo ironizou a ação do prefeito ao afirmar que a declaração do ministro, no vídeo, ‘era uma fala sem compromisso’ e que seriam ‘apenas promessas’.
O comentário ocorreu durante entrevista na Rádio CBN Cuiabá na quinta-feira (11). Segundo o conselheiro, o projeto do VLT que Emanuel tenta destravar em Cuiabá já não é mais viável, pois o traçado que havia sido proposto em 2014 já não funcionaria para a cidade de agora
“Eu vi a fala do ministro. Não foi uma fala de compromisso, foi uma fala de oba-oba ali, em uma reunião. Vamos fazer de conta, vamos ajudar. Mas eu não vi nada concreto. Cadê o dinheiro para fazer o VLT? Quem fez o compromisso? Esse ano é ano político, eles querem fazer o prefeito em Cuiabá. Então são promessas e mais promessas”, disse.
“Vamos respeitar a população. Estamos há 10 anos esperando o VLT e nada aconteceu. O que a gente vê é briga, discussão e o povo sem um sistema de transporte decente. Chega de conversa fiada”, acrescentou.
Para o conselheiro e presidente do TCE-MT, ele não vê a possibilidade do projeto de Pinheiro sair do papel.
“Eu já defendi o VLT, mas agora não acredito nessa possibilidade. Por que? Porque a prefeitura não tem dinheiro em caixa e depende de políticas do governo federal. Não adianta falar que tem R$ 5 bilhões, de onde vem esse dinheiro? Quem vai liberar e quando vai liberar? Continua o sonho”, ironizou.
No último dia 8 de janeiro, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, gravou um vídeo abordando as melhorias buscadas pelo prefeito Emanuel Pinheiro para a capital mato-grossense. Enfatizando a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos e reforçou o apoio do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no crescimento da cidade.
O projeto para a implantação do modal segue as especificidades do edital do Novo PAC Mobilidade Urbana, garantindo o investimento federal para transportes de alta e média capacidade, incluindo metrôs, trens urbanos e VLTs.
Nesta semana, ao comemorar a pré-seleção do VLT como uma das obras do Novo Programa de Aceleração do Crescimento, o prefeito emedebista asegurou que dará andamento aos trâmites para licitar a obra do modal. Segundo Pinheiro, a nova proposta está estimada em R$ 4,9 bilhões e contará com novos trechos que ampliarão o projeto inicial.
O VLT foi apresentado pelo Governo do Estado como alternativa para melhorar a mobilidade urbana na Região Metropolitana, durante e após a Copa do Mundo de 2014.
As obras do Veículo Leve Sobre Trilhos começaram em 2012, escoradas num projeto que prevê 22 km de trilhos divididos em duas linhas: uma que liga o aeroporto, na cidade de Várzea Grande, à Zona Norte de Cuiabá, e outra que liga a Zona Sul ao centro da capital do MT.
Contratado no governo de Silval Barbosa, o consórcio responsável partiu de um orçamento inicial de R$ 1,477 bilhão. Deste valor, segundo informa a Secretaria Estadual das Cidades, R$ 1,2 bilhão já foram pagos.
Em 21 de dezembro de 2020, o governador anunciou que substituiria o modal pelo BRT. Em maio de 2021 o Conselho Deliberativo Metropolitano do Vale do Rio Cuiabá (Codem) aprovou a troca do sistema VLT para o sistema BRT (Bus Rapid Transit).