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presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (União Brasil), classificou como inoportuna a declaração do ex-deputado José Riva sobre a situação de sua filha, Janaina Riva (MDB), na disputa pela 1ª Secretaria da Mesa Diretora. Riva afirmou que, se Janaina fosse derrotada devido a pressões do Palácio Paiaguás, poderia se tornar oposição ao governador Mauro Mendes (União Brasil).
“Eu só acho que foi inoportuna [a declaração]. Ele é quem decide o que ele fala, mas tendo em vista o momento, a única coisa que posso dizer é que foi inoportuno ele vir em um momento desse fazer uma entrevista”, disse Botelho à imprensa nesta quinta-feira (25).
A declaração ocorre após José Riva afirmar em entrevista no Podcast PodOlhar, do site Olhar Direto, que há pressão para que deputados votem em Beto Dois a Um (União Brasil), o candidato preferido do Palácio Paiaguás, em vez de Janaina. Contudo, ele não acredita que essa pressão venha do governador, considerando que seria amadorismo querer a filha como adversária.
Botelho afirmou nunca ter ouvido Janaina declarar que poderia sair da base de apoio do governador e sugeriu que José Riva pode ter falado na “ânsia” de defender a filha. “Eu nunca ouvi isso da deputada Janaina. Talvez isso seja vontade dele [Riva], mas não dela. Ela nunca manifestou isso, nunca me disse que iria para a oposição caso perca a 1ª secretaria. Ela nunca externou isso para nenhum deputado, então não acredito que ela tenha esse desejo. São cabeças diferentes. Ele falou mais como ‘fígado’ de pai”, declarou Botelho.
O presidente da ALMT também não acredita que Janaina deixaria de apoiá-lo em seu projeto político rumo à Prefeitura de Cuiabá, ressaltando a amizade entre eles e o apoio prévio da deputada. “Eu espero que não. Ela é uma das entusiastas da minha campanha, da minha candidatura, sempre me incentivou antes mesmo de anunciar que era candidato. Espero que ela continue firme junto conosco no projeto de mudar Cuiabá”, concluiu Botelho.
A eleição da Mesa Diretora, inicialmente marcada para setembro, foi antecipada para 7 de agosto, coincidindo com o retorno do recesso legislativo. A antecipação foi aprovada para não conflitar com o período eleitoral das eleições municipais, já que pelo menos quatro deputados estaduais são pré-candidatos a prefeito.