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O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), afirmou nesta segunda-feira (29) que a exoneração do ex-secretário de Agricultura Familiar, Luluca Ribeiro, não teve motivação política. A declaração foi feita em meio a especulações de que a saída de Ribeiro estaria relacionada a disputas internas.
“Eu afirmo categoricamente que não teve nenhuma retaliação política. Este Governo nunca tomou decisões por questões políticas. Nunca houve nenhum movimento de pressão que eu aceitasse, muito menos para exonerar alguém por motivos políticos. Foi uma correção de gestão, e é só isso que podemos falar”, declarou.
Luluca Ribeiro, foi nomeado secretário por indicação da deputada Janaina Riva (MDB) em fevereiro deste ano. No entanto, ele foi exonerado no último dia 23, supostamente em meio a uma disputa pelo cargo de primeiro-secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, posição almejada por Janaina Riva.
Além de Luluca, também foram exonerados o secretário adjunto Clóvis Figueiredo Cardoso, o secretário adjunto de Administração Sistêmica, Talvany Neiverth, a chefe de gabinete Aline Emanuelle Rosendo e o assessor jurídico Ricardo Antônio de Lamonica Israfel Pereira.
O ex-deputado José Riva, pai da deputada, afirmou que o governo estaria cometendo um erro ao pressionar contra a candidatura de Janaina, sugerindo que ela poderia se tornar oposição.
Porém, a demissão de Ribeiro teria sido motivada por uma investigação da Controladoria Geral do Estado (CGE) sobre um processo de compra de kits agrícolas (máquinas e equipamentos) realizado pela Secretaria.
Segundo Mendes, o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) conversou com Luluca, sugerindo que ele pedisse exoneração, mas o secretário recusou. Segundo Mendes, Luluca soube de sua exoneração pela imprensa. “A Casa Civil tinha obrigação de comunicar a demissão. Ele foi avisado pelo vice-governador, que está comandando a Secretaria de Agricultura Familiar. Pivetta pediu que ele pedisse exoneração, mas ele não o fez, por isso foi demitido”, explicou.
Sobre a investigação na CGE envolvendo Luluca, Mendes afirmou desconhecer o assunto. “Se existe uma investigação, não é conduzida pelo gabinete do governador, e sim pelos órgãos competentes”, afirmou.