Consultora financeira explica sobre a nova liberação de empréstimo para quem é beneficiário do BPC
O União Brasil oficializou a transferência de R$ 5 milhões para a campanha do candidato Eduardo Botelho, que disputa a Prefeitura de Cuiabá. A contribuição foi registrada na prestação do candidato junto à Justiça Eleitoral.
O candidato Abilio Brunini (PL) declarou ter recebido até o momento R$ 1.911,18 em doações de pessoas físicas. Ainda assim, o parlamentar foi na onda de Bolsonaro e começou uma “campanha” pedindo aos seus eleitores que enviassem um PIX de qualquer valor para ele custear os gastos de sua campanha, sob o argumento de que ele saberia ‘contra quem estaria lutando. ‘Sabemos o quanto vai ser difícil esta batalha, e sabemos que a sua contribuição é muito importante”, disse.
Entretanto, conforme, o Tribunal Superior Eleitoral, o PL – legenda do deputado federal -, é quem tem o maior repasse do fundo eleitoral para as eleições municipais deste ano, ao entorno de R$ 886 milhões para gastar. Tanto que Abílio ainda espera receber R$ 4,5 milhões dos R$ 24,7 milhões destinados ao PL, em Mato Grosso, conforme informado pelo presidente estadual do partido, Ananias Filho.
Lúdio Cabral (PT) declarou ter recebido R$ 654,5 mil da direção nacional do Partido dos Trabalhadores. Já o candidato Domingos Kennedy ainda não apresentou nenhuma informação a respeito dos valores que entraram na conta da campanha.
Os dados apresentados são do do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, conhecido como Fundo Eleitoral.
Os critérios para definir os repasses às candidaturas locais são dos partidos e não tem interferência da Justiça Eleitoral.
Gastos já realizados
Em Cuiabá, o teto de gastos para a campanha de prefeito é de R$ 13,3 milhões, com um limite adicional de R$ 5,3 milhões caso haja segundo turno. Para os candidatos a vereador, o limite de gastos é de R$ 727,9 mil. Esses valores foram ajustados com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e estão em conformidade com a legislação eleitoral.
Os candidatos que ultrapassarem esses limites poderão enfrentar multas de até 100% do valor excedido e podem responder por abuso de poder econômico, o que pode resultar em inelegibilidade.
O Fundo Eleitoral deste ano, que distribui recursos públicos para as campanhas, totaliza R$ 4,96 bilhões, um aumento de 145% em relação ao pleito municipal de 2020. O PL é o partido que mais recebeu recursos, com R$ 886 milhões. Em seguida, aparece o PT com R$ 620 milhões, valor que aumenta para R$ 721 milhões devido à Federação com PV e PCdoB. O União Brasil, que resultou da fusão entre PSL e Democratas, recebeu R$ 537 milhões.
Outros partidos também recebem quantias significativas, como o PSD com R$ 420,9 milhões, o PP com R$ 417,2 milhões e o MDB com R$ 404,6 milhões. Partidos menores, como Novo, PRTB e PCB, receberam quantias bem mais modestas, na casa dos R$ 3,4 milhões.