Consultora financeira explica sobre a nova liberação de empréstimo para quem é beneficiário do BPC
Onze pessoas foram presas na manhã desta sexta-feira (20), durante a Operação Gota d’Água, deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) da Polícia Civil de Mato Grosso.
A ação visa desarticular uma organização criminosa instalada na Diretoria Comercial do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG). Além das prisões, a operação cumpriu 123 mandados judiciais, que incluem buscas e apreensões, bloqueio de bens e afastamento de servidores.
Entre os detidos, estão servidores do DAE-VG, incluindo o chefe do setor.
Um vereador de Várzea Grande foi afastado de seu mandato suspeito de participação.
A Justiça também determinou o afastamento de 18 servidores públicos, sendo 15 da Diretoria Comercial do DAE, um funcionário da Câmara de Vereadores e um colaborador de uma empresa terceirizada.
Foram expedidos 25 mandados de busca e apreensão, com o sequestro de seis imóveis e 26 veículos dos investigados. Além disso, o bloqueio de valores em contas bancárias foi determinado, somando R$ 11,3 milhões, prejuízo estimado causado pela organização criminosa ao DAE.
As investigações revelaram que, desde 2019, o grupo cobrava propina para realizar serviços públicos que deveriam ser gratuitos. A diretoria também alterava valores das faturas de água e esgoto em troca de pagamentos ilegais. A organização criminosa também teria usado a estrutura do DAE para favorecer campanhas eleitorais, com a participação direta do vereador.
A Operação Gota d’Água continua, agora com auditorias para revisar as alterações irregulares nas contas de água desde 2019, e o Ministério Público Eleitoral já foi acionado para investigar o uso político da autarquia.