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Garimpeiros se revoltaram e invadiram Aripuanã depois de lavra ser desocupada
Uma mega operação da Polícia Federal abalou a pequena cidade de Aripuanã (a 1.002 km de Cuiabá) este ano. O município foi alvo da Operação Trypes, que buscava inibir as atividades de um grande garimpo ilegal na cidade.
Ao tentar fechar o local, um garimpeiro acabou morto em confronto com a PF, no dia 7 de outubro.
Segundo a Polícia Federal, o homem estava armado e não teria aceitado varredura em seu barraco em uma área de garimpo.
O garimpeiro, cuja identidade não foi revelada, saiu do barraco já atirando contra os policiais, conforme relato da PF. A equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) reagiu aos disparos e atingiu o homem com dois tiros no peito.
Após a ação, o clima na região ficou tenso e garimpeiros ameaçaram queimar uma ponte para isolar os policiais.
Na manhã do dia seguinte, cerca de 300 garimpeiros saíram às ruas em protesto contra a operação policial.
De acordo com a Polícia Militar, os manifestantes ameaçaram invadir comércios e praticar atos de vandalismo na cidade, caso a PF não recuasse da decisão de colocar fim à lavra.
Em um vídeo, os manifestantes apareceram levantando duas caminhonetes da empresa Nexa – uma multinacional que atua em vários países – para fechar a rua. Ao final, eles comemoraram o ato.
A PF também chegou a colocar um helicóptero na entrada da cidade para tentar reprimir o movimento.
Ainda conforme a PM, o clima era de tensão entre os moradores de Aripuanã.
Na manhã do dia 9, a Polícia Federal queimou parte do maquinário utilizado no garimpo ilegal fechado.
A ação é em decorrência da ordem judicial que estabelece a destruição de tudo encontrado na lavra ilegal.
Além disso, a Polícia também realizou a implosão do local. Com isso, o terreno ficou vulnerável, segundo a Secretaria de Segurança Pública (Sesp).
A operação
Segundo a PF, a ação do garimpo ilegal provocou grande impacto ambiental e social na cidade.
A polícia afirmou que, após a instalação do garimpo, os índices de homicídios, tráfico de drogas, prostituição e outros crimes teriam aumentado no Município.
Cerca de 160 policiais e servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) atuaram na área durante a operação.
O nome da operação deriva da palavra grega “trypes”, que significa buracos. Trata-se de uma alusão à situação em que ficou a região após a ação dos garimpeiros ilegais.