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Referência no atendimento às mulheres vítimas de violência, a Casa de Amparo, ligada à Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência da Prefeitura de Cuiabá, atua com 29 espaços em uma área de 608,46 m², e disponibiliza atendimento social, jurídico e psicológico para mulheres vítimas de violência. A unidade, que tem capacidade para atender a 22 mulheres, possibilita o resgate da integridade física e psicológica.
“Diariamente, a gestão Emanuel Pinheiro trabalha com a implementação de políticas públicas que possibilitem reverter esse ciclo em que as mulheres figuram como vítimas de violência doméstica”, destaca a primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro. Ela relembra que a capital do Estado é uma das primeiras do país a implantar a Secretaria da Mulher, com a missão de fomentar e criar políticas que visam a emancipação social, familiar, política e econômica das mulheres.
Ela pondera que os esforços são diários, mas elenca que os números de atendimentos ainda permanecem altos. No ano de 2020, a unidade abrigou 80 mulheres e 66 crianças.
Acolhida, uma imigrante da Venezuela de 31 anos, conta que após cinco anos de muito sofrimento sua vida mudou e a Casa de Amparo é de fundamental valia no processo. Ela e dois filhos estão abrigados na unidade. Há pouco mais de duas semanas, uma vizinha ajudou a encerrar o ciclo de violência que lhe foi impostos por anos.
“Agradeço, primeiramente, a Deus e depois a essa colega de bairro. Talvez, se não fosse a atitude dela, não estaria aqui para dar esse depoimento e saber que tenho a chance de recomeçar”, declarou. A intenção dela é retornar para Manaus, onde estão seus familiares.
Responsável técnica da Casa de Amparo, Fabiana Soares explica que em decorrência da pandemia do coronavírus, à unidade também adotou uma série de medidas de biossegurança. “Adotamos todas as precauções e medidas exigidas de higiene para o controle da doença. Sabemos que podem ser medidas simples, porém de fundamental importância nesse momento em que o prefeito Emanuel Pinheiro não está medindo esforços para manter a segurança e vida dos servidores que estão na linha de frente, como das acolhidas que estão na Casa”.
Pondera que a Casa de Amparo não funciona como porta aberta. Para receber o acolhimento, é necessário que a vítima acione as autoridades policiais. As abrigadas podem permanecer até 120 dias na instituição e ser acompanhadas de seus filhos até os 17 anos e 11 meses de idade.
Fabina explica que o atendimento inicial pode ser feito pelo número 180 (A Central de Atendimento à Mulher) ou 190 (serviço de emergência) para pedir ajuda. “Por meio desses canais, os servidores que estão capacitados para atender esse tipo de ocorrência, irá orientar a vítima ou quem registrar a denúncia sobre o que precisa ser feito. Quanto mais rápida a procura por ajuda, mais fácil para que a equipe preste os devidos socorros”, ressaltou Soares.
“Sempre estamos pensando nas pessoas em primeiro lugar. Mas é preciso ir além, demonstrando e oferendo todo suporte à essas mulheres e demonstrar que é possível recomeçar a vida com novos horizontes. Não podemos nos calar e achar que isso já é uma coisa normal. Violência contra a mulher é crime”, concluiu.