Consultora financeira explica sobre a nova liberação de empréstimo para quem é beneficiário do BPC
O estado de Mato Grosso ocupa agora a segunda posição no ranking nacional de maior taxa de mortes por choques elétricos por milhão de habitantes, com 7,76 mortes por milhão, segundo Walter Aguiar, engenheiro eletricista e diretor da Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade).
Foram registrados 40 acidentes envolvendo choques elétricos, dos quais 28 resultaram em fatalidades (representando 70% dos acidentes). A maior parte dos acidentes fatais ocorreu durante o período chuvoso, entre outubro e março. Cerca de 45% das mortes ocorreram nas redes aéreas de distribuição, tendo motoristas e eletricistas como principais vítimas. Ademais, 25% das fatalidades aconteceram em residências, afetando crianças, idosos e mulheres. Homens entre 20 e 60 anos representam 82% das vítimas. Cuiabá, Rondonópolis e Várzea Grande lideram o ranking, com três mortes por choque elétrico cada.
Apesar do aumento no ranking, o engenheiro eletricista ressalta que, em termos gerais, houve redução no número de mortes. Em 2021, quando Mato Grosso ocupava a terceira posição, foram registradas 33 mortes com taxa de 9,12. As reduções de óbitos foram observadas em todos os estados. Entretanto, Mato Grosso ainda está entre os estados com maior número de vítimas e maior taxa. Enquanto a taxa no país diminuiu 12,7% em 4 anos, em Mato Grosso aumentou 8,8%. Em 2019, o estado estava na quinta posição com 25 mortes e taxa de 7,17.
“Mesmo com a redução dos óbitos, nos outros estados essa redução foi maior e a quantidade de vítimas fatais permanece alta, o que influencia na alta taxa de mortalidade”, disse Walter. Os dados são alarmantes, principalmente por indicarem que Mato Grosso tem crescido no ranking nacional. O diretor da Abracopel no Estado alerta que, em 2023, há expectativa de que Mato Grosso ocupe a primeira colocação.
Vale destacar que Mato Grosso fica atrás apenas do Acre, que se mantém em primeiro lugar pelo terceiro ano consecutivo. Em 2019, Mato Grosso estava em quinto lugar e avançou uma posição por ano até 2022. Por outro lado, a taxa média nacional diminuiu de 3,32 em 2019 para 2,76 em 2022.
Além de acidentes com choques elétricos, a Abracopel monitora os incêndios de origem elétrica e acidentes com descargas atmosféricas (raios). Em 2022, Mato Grosso registrou 41 incêndios de origem elétrica sem vítimas fatais e três acidentes com raios, resultando em duas mortes. As estatísticas e informações adicionais do Brasil e de outros estados estão disponíveis na página abracopel.org/estatisticas/.
O engenheiro eletricista Walter Aguiar atua como conselheiro do Crea-MT suplente e diretor Geral da Abracopel-MT, dedicando-se à conscientização sobre os perigos da eletricidade e à promoção de práticas mais seguras no uso de energia elétrica.
Por Cristina Cavaleiro- Assessoria de imprensa