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Diretoras, conselheiras e profissionais do Sistema Confea/Crea/Mútua de Mato Grosso, foram homenageadas na Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, onde receberam Moção de Aplausos pelo Dia Internacional das Mulheres na Engenharia, comemorado no dia 23 de junho.
A entrega foi em sessão solene especial para mulheres que exercem profissões nas áreas da Engenharia, Agronomia e Geociência no estado.
O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), eng. civil Juares Samaniego, foi representado pela 1° vice-presidente, eng. agrônoma, Lys Sueli Barco Hernandes de Moraes. Para a engenheira agrônoma, a iniciativa de homenagear mulheres que se destacam em suas profissões e em cargos de liderança dentro do sistema Confea/Crea/Mútua, ajudam a dar visibilidade às ações de valorização das profissionais que atuam em benefício da sociedade e de suas profissões.
“Hoje, o número de mulheres na engenharia aumentou muito, mas sabemos que muitas concluem a formação e não conseguem se inserir no mercado de trabalho. Não por falta de capacidade, mas muitas vezes pela ausência de incentivo, oportunidades, questões de diferenças salariais e até mesmo sociais que recaem sobre estas profissionais”, afirma a vice-presidente.
Durante o uso da palavra, a coordenadora da Comissão Mulher do Crea Mato Grosso, que também é presidente da Associação dos Geólogos de Mato Grosso (AGEMAT) e vice-presidente da Federação Brasileira dos Geólogos (FEBRAGEO) relembrou a homenagem especial as mulheres na Engenharia realizada no dia 22 de junho no plenário da Câmara dos Deputados Federais em Brasília. A sessão foi requerida pela Deputada Federal Marussa Boldrin (MDB/GO), que é engenheira agrônoma. Ela foi uma das escolhidas para discursar no plenário do Congresso Nacional. Sheila Klener destacou a importância do Programa Mulher para a valorização da engenheira dentro do sistema, que é historicamente dominado por homens. “Foi uma experiência única e incrível, usar a tribuna do Congresso Nacional, onde historicamente os mais importantes momentos da política do país aconteceram, para abordar um tema tão presente e sensível, na vida das profissionais engenheiras, que é a busca pelo reconhecimento e igualdade. Foi sensacional”, lembra geóloga que também falou da importância da implantação do programa no Sistema Confea/Crea.
“Numa profissão onde a presença dos homens é predominante, ser mulher é um desafio diário, desde o ingresso na faculdade”, afirma uma das homenageadas, a engenheira civil Edinete Guimarães. Ela conta que foi uma das cinco mulheres que concluiu o curso, em uma turma de trinta alunos. “Quando entrei no mercado de trabalho, vi que precisava ser mais obstinada e determinada para consolidar a carreira”, lembra. “Negra, pobre e ainda mulher, com três filhos para criar, também venci muitas barreiras de preconceitos”, conclui com orgulho.
Com doze anos de formada, a engenheira florestal Suzana Pacheco Pereira reforça que a escolha profissional ainda é um desafio para o universo feminino. “Existe um imaginário ainda muito forte sobre profissões mais adequadas para as mulheres e isso impacta na hora que decidimos nos capacitar”, afirma. “A área de exatas não costuma ser a primeira escolha das mulheres. Apesar que cursei um ano de Serviço Social, por influência da família e amigas, antes de reconhecer minha vocação para exatas e mudar de curso”, conclui.
Segundo o conselheiro do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Mário Cavalcanti de Albuquerque, a participação das mulheres nas engenharias, agronomia e geociências corresponde a quase 30% da força de trabalho. Nessa perspectiva, para fortalecer a participação delas no sistema, ele destacou a criação do programa “Crea Mulher”, instituído em 2019. “Todas as regionais têm um espaço para incentivar as mulheres a se engajarem e terem mais protagonismo em todas as esferas do sistema e entidades que representam as classes”, afirmou Mário.
Requerida pelo deputado estadual Carlos Avallone (PSDB), a cerimônia foi realizada no Plenário das Deliberações “Deputado Renê Barbour”. Oitenta e cinco profissionais foram agraciadas com a honraria concedida a personalidades que se destacam e contribuem para consolidar o espaço das mulheres numa profissão, majoritariamente, desempenhada por homens. “O lugar da mulher é onde ela quiser e na engenharia são muito bem-vindas. É muito bom poder homenagear as mulheres que, com força e determinação, já romperam muitas barreiras da profissão”, destacou o Avallone.
O parlamentar destacou que a luta pela igualdade de gênero faz parte das metas transformadoras para o desenvolvimento sustentável defendido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e que o espaço e os direitos profissionais das mulheres precisam ser reforçados para eliminar as diferenças de gêneros no trabalho. “Deveria ser tudo igual, mas infelizmente ainda não é. As mulheres sofrem mais preconceitos, têm mais dificuldades com jornadas duplas ou triplas e ainda recebem salários menores”, afirmou. “Precisamos reconhecer essas diferenças e desenvolver políticas públicas para avançar mais rápido para mudar essa triste realidade”, defendeu.
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Texto e fotos: Cristina Cavaleiro/ Comunicação do Crea-MT