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Crea-MT apoia causa animal sendo ponto de coleta do Projeto Tampatinhas
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT) se tornou um ponto de coleta de tampinhas de plástico e metal para reciclagem do Projeto Tampatinhas. A Comissão do Meio Ambiente do conselho viabilizou a parceria e a caixa coletora estará disponível no atendimento ao público da autarquia Conselho em Cuiabá e na inspetoria do Crea-MT em Várzea Grande para que funcionários e visitantes possam depositar o material. O valor recebido pela reciclagem será revertido para cuidados e castração de animais de rua.
Ao abraçar a causa, a presidente do Crea-MT em exercício, agrônoma Lys Sueli Barco destacou que a ação tem potencial na divulgação entre profissionais do Sistema e colaboradores do Regional, estendendo a ideia a outros órgãos públicos e empresas do estado. “ Esperamos que a propagação dessa ação social pelos profissionais em busca do atendimento do Crea-MT e funcionários ajude a reduzir a população desses animais através da castração, além de ajudar a encontrar um lar para os bichinhos”, disse Lys.
A iniciativa partiu da profissional do Sistema, a geóloga Ohana França que já conhecia o projeto através do instagram e viu uma oportunidade de ajudar em uma causa tão nobre. “Queria fazer algo em prol da proteção de animais e comecei a coletar. Vendo que poderia fazer mais, eu comecei a colocar alguns pontos de coleta perto da minha casa e descobri que poderia fazer uma ponte propondo a iniciativa para o conselho, que foi muito receptivo”, explicou a geóloga.
Segundo os representantes da Comissão do Meio Ambiente, a campanha é importante para os profissionais do sistema, pois além ajudar animais em vulnerabilidade, a coleta de materiais recicláveis cumpre com um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) desenvolvidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para engajar empresas e organizações na adoção de princípios nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção.
“Estou entusiasmado em fazer parte, pois ao coletar tampas plásticas, estamos reduzindo a poluição, promovendo a reciclagem e ao mesmo tempo, apoiando o bem-estar dos animais abandonados. Isso é um exemplo de como as ações locais podem ter um impacto global e nos aproximarmos de um mundo mais sustentável”, ressaltou o conselheiro, eng. am biental Tiago André da Silva.
“A maioria dos profissionais do sistema estão ligados direta e indiretamente ao desenvolvimento ou gestão de programas e projetos de cunho ambiental, então nada mais natural do que mostrar para a sociedade que, além de fazermos projetos como profissionais, nós temos ações dentro do Crea-MT que visam a melhoria da qualidade ambiental. Essas tampas que estão sendo destinadas à causa animal, iriam para aterros sanitários, fundos de rios ou entupindo bueiros em época de chuvas. Vamos então colaborar para encher essas caixas e contribuir com a causa “, concluiu a conselheira e geóloga Sheila Klener.
A conselheira geóloga Daiane da Silva Brum prevê que além de ajudar o projeto, o Conselho tem a intenção de realizar palestras educacionais em escolas. “A intenção desses eventos educacionais é mostrar quais são os profissionais do Sistema Confea/Crea/Mútua que estão incluídos no processo de produção de uma tampinha como essas que estão sendo descartadas” explicou Daiane.
Maria de Los Angeles é funcionária do Crea-MT e por ser engajada na defesa dos animais já ajudava o projeto com a reciclagem desde o início. Ainda este ano Maria fez parte de uma rede de apoio criada para ajudar a cadelinha idosa Mel, que reside na borracharia ao lado do Conselho que este ano passou por uma cirurgia de urgência. “Já tinha uma sacola de tampinhas no carro e aproveitei para descartar corretamente e ajudar na causa. Nós temos que nos unir, pois existem muitos animais sofrendo nas ruas e se a nossa felicidade é grande em ajudar, imagine a de um animal que está sendo ajudado”, incentivou Maria.
Sobre o projeto:
Kelly Rondon é voluntária em outros projetos há mais de 10 anos e sempre teve vontade de organizar algo como diretora. Após uma viagem ao Rio de Janeiro conheceu o projeto similar no qual o valor arrecadado em tampinhas plásticas é revertido em compras de cadeiras de rodas, beneficiando pessoas com necessidades especiais e como protetora dos animais desenvolveu o Tampatinhas.
Com mais de 50 pontos de coleta, a idealizadora costuma dizer que as tampinhas são como moedas valiosas na ajuda aos bichinhos. “Estimamos que arrecadamos aproximadamente 50 toneladas de recicláveis, entre plásticos, ferros e alumínios e já conseguimos beneficiar mais de 500 animais”, explicou a ativista. A ajuda vai para além da castração, o projeto ajuda também a vermifugar, tratar de doenças como a sarna e feridas.
Texto: Ana Frutuoso (com supervisão de Cristina Cavaleiro) Fotos: Rennan Kawahara