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Presidente diz não poder ficar em partido que não sabe o que acontece internamente
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que não pretende sair do PSL, mas que, caso saia, levará consigo a maioria do partido.
“Não gostaria de sair mas se for necessário eu vou seguir a minha linha e tenho certeza que a maioria do partido continua comigo caso eu venha a sair do partido”, afirmou em entrevista à RICTV Record, de Santa Catarina, nesta quinta-feira (17). “A maioria honra o compromisso de campanha. Infelizmente uma minoria não, já se enveredou por outro caminho”, disse.
Em meio à crise que assola o PSL, Bolsonaro disse que o problema é grave e que quer transparência da sigla. “Estamos com problema no momento, bastante grave. O que eu quero é transparência, nada mais além disso”, disse. Sem citar nomes, afirmou que “um lado” não quer abrir as contas do partido.
“E eu não posso ficar num partido se nós não tomarmos conhecimento de tudo que acontece lá. Porque qualquer caso envolvendo alguém do PSL no Brasil, quem é o responsável? Eu. Eu nem conheço o cara, nunca vi o vereador, o deputado estadual, ou aquele filiado e vêm pra cima de mim”, afirmou.
“Esperamos oito meses, o partido não se arrumou ainda, espero que se arrume.”
Bolsonaro não citou nominalmente o presidente da legenda, Luciano Bivar (PSL-PE), e tampouco o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), que foi gravado em áudio dizendo que implodiria o presidente.
A crise do PSL se acirrou nesta quinta-feira (17), com a decisão de Bolsonaro de retirar a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) da liderança do governo no Congresso e a vitória da ala ligada a Bivar ao manter o Delegado Waldir como líder da bancada na Câmara.
Bolsonaro havia atuado pessoalmente ligando para parlamentares para pedir que assinassem lista destituindo o parlamentar goiano, que chegou a ser brevemente substituído por seu filho, Eduardo Bolsonaro.