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Julgamento de oficiais da Polícia Militar começou na quarta-feira, no Fórum de Cuiabá
A deputada estadual Janaina Riva (MDB) defendeu que os policiais militares acusados de integrar um esquema de escutas clandestinas que funcionou no Estado entre os anos de 2014 e 2015 sejam absolvidos ou tenham as penas reduzidas.
A deputada, que estava entre os alvos da chamada “Grampolândia Pantaneira”, defendeu que o ex-governador Pedro Taques (PSDB) seja o condenado no caso. Ela acusou o tucano de usar o esquema para cometer abusos na eleição e durante o seu mandato, com perseguição, chantagens e extorsão.
O julgamento dos acusados na esfera militar começou na última quarta-feira (6) e deve se encerrar até esta sexta-feira (08). São réus o ex-comandante da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa; os coronéis Evandro Alexandre Lesco e Ronelson Barros, ex-chefe e ex-adjunto da Casa Militar, respectivamente; o tenente-coronel Januário Batista e o cabo Gerson Corrêa Junior.
Até o momento, o promotor de Justiça Allan Sidney do Ó Souza defendeu a condenação de três acusados – Zaqueu, Lesco e Gerson – e a absolvição dos outros dois.
“Eu não guardo essa mágoa. O que aconteceu, o prejuízo que isso me trouxe, não me faz levar essa mágoa nenhum dia para minha cama. A gente não precisa correr atrás de prejudicar as pessoas. Por isso, gostaria muito de vê-los de volta a seus postos de trabalho. E que eles pudessem aprender uma lição de tudo isso que aconteceu. E aquele que de fato mandou e ordenou que pague por esses crimes tão prejudiciais à vida de cada um de nós”, disse ela durante sessão desta quinta-feira
“Houve abuso na eleição, houve abuso durante o Governo Pedro Taques. Ele trouxe terror para esta Casa. Criou-se uma Assembleia temerosa, que vivia com medo das ações do ex-governador, que era perseguidor, chantagista, ‘extorquidor’. É isso que gostaria de dizer. Que por mim, eles não sofreriam uma sanção do tamanho que pediu o Ministério Público. Respeito muito o doutor Allan [promotor]. Mas por minha parte não é eles que quero ver pagando por este crime”, acrescentou.
Janaina afirmou que os policiais estavam, apenas, cumprindo ordens do chefe do Executivo.
Para ela, enquanto os coronéis e cabos estão respondendo à ação penal, Taques está livre no processo.
A deputada disse que deve protocolar ainda nesta quinta um pedido de absolvição ou redução da pena, mesmo com o processo já na fase de julgamento.
“Gostaria que os outros três réus que não tiveram o perdão ou direito a redução da pena que fossem beneficiados também. Acredito que por terem admitido, mesmo que de forma unilateral, se arrependido a posterior, deveriam ter o direito. Não adianta guardar mágoa, rancor, daquilo que já passou a ponto de que essas pessoas podem perder a sua estabilidade, perder a sua aposentadoria. Sabendo que os militares são criados, desde a sua formação, para serem obedientes”, afirmou.
“E eu não tenho dúvida de que não só esses três, mas todos os que participaram da Grampolândia são pessoas que foram ordenadas a fazerem isso pelo seu chefe maior, que era o ex-governador Pedro Taques. Esse, sim, tinha que estar respondendo o processo. É fácil pegar só o pequeno, enquanto o ex-governador Pedro Taques está livre, tranquilo. E essas pessoas correndo risco de perder tudo aquilo que conquistaram”, completou.