Consultora financeira explica sobre a nova liberação de empréstimo para quem é beneficiário do BPC
Para muitas pessoas ter casa própria é um sonho. Esse também era o de mais de clientes da empresa Via Sul Engenharia, que comparam apartamentos e vivem verdadeiro pesadelo com atraso na entrega, pagamento de alugueis e falta de satisfação sobre quando terão as chaves em mãos.
Rayane Petrucelli relatou ao GD que assinou contrato para compra do imóvel no Residencial Mirante do Coxipó em 2018. A previsão contratual era de entrega das chaves em 2020, mas isso não ocorreu.
A princípio a empresa argumentou que a pandemia de covid-19 havia atrasado o cronograma de obras e informava nova data, sem cumprimento de novos prazos. Enquanto isso, os moradores se planejavam para a mudança para a casa nova, com móveis e decoração sonhada para a casa própria que estão pagando e sem perspectiva de mudança.
“Passo em frente sempre e é muito triste. Nunca tem ninguém trabalhando lá, eles não respondem, não dão satisfação. Já são dois anos de atraso”, relata a cliente. No acompanhamento da obra, os clientes encontram que a obra está 97% concluída.
Conforme o site da empresa, o condomínio conta com 212 unidades de dois quartos, distribuídas em 13 blocos, com área de lazer e portaria. Cada um foi comercializado a partir de R$ 122 mil, financiado pelo programa Minha Casa Minha Vida, que agora é Casa Verde Amarela.
Além do atraso, a cliente relata que alguns pontos da estrutura são diferentes do anunciado. Como as piscinas, menores do que o divulgado no ato da compra.
Indignados com os atrasos, os moradores se reuniram para cobrar respostas e entrega das chaves, mas sem sucesso. Alguns já acionaram a Defensoria Pública para que possam receber os apartamentos, mas também ainda não houve posicionamento da empresa.
“A obra parece que está abandonada. Estamos todos frustrados com isso”, relata.
A jovem conta que o corretor que vendeu o apartamento para ela sumiu e hoje o único contato é com um representante da empresa que atende Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, mas o retorno é esporádico.
Outro lado
A empresa foi procurada pelo telefone disponível na internet, mas o número não funciona.
Por e-mail, questionada sobre atraso e abandono dos prédios, a Via Sul respondeu que: “Conforme contrato de financiamento com a CEF(Caixa Economica Federal), a data de entrega está prevista para maio de 2022, em consonância com o cronograma da obra, que está de acordo com o planejado, para entrega na data prevista”.
Fonte: Gazeta Digital