Consultora financeira explica sobre a nova liberação de empréstimo para quem é beneficiário do BPC
Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: Otmar de Oliveira
As mortes por doenças cardiovasculares aumentaram 124,41% em Mato Grosso num intervalo de cinco anos. Os dados do Portal de Transparência do Registro Civil apontam que em 2019 foram registrados 2.204 óbitos por infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e outras doenças cardíacas inespecíficas. Já em 2023, foram 4.496 mortes e, nos três primeiros meses deste ano, 1.010 óbitos.
Em 2019, antes da pandemia da covid-19, Mato Grosso registrou 813 mortes por AVC, 765 por infarto e 626 por outras doenças cardiovasculares inespecíficas. No ano passado, os números saltaram para 1.514 por AVC, 1.567 por infarto e 1.865 por outras doenças cardiovasculares. Ao todo, foram 4.946 óbitos em 2023 e 1.613 deles apenas em Cuiabá.
O cardiologista Max Lima esclarece que as doenças cardiovasculares são aquelas que envolvem as estruturas do coração, seja as musculares, valvulares, elétricas ou hidráulicas. O problema cardíaco pode ocorrer desde o intraútero, que são as doenças mais raras, como as cardiopatias congênitas e que são diagnosticadas após o nascimento ou até antes. Porém, ele destaca que as mais conhecidas são o infarto, hipertensão e AVC.
Apesar de serem doenças mais frequente em pessoas com mais de 60 anos, Lima pontua que estudos apontam aumento de casos de infarto em pacientes abaixo dos 45 anos e, ao mesmo tempo, tem dobrado o número de pacientes obesos, diabéticos, estressados e sedentários, que são apenas alguns dos fatores de risco.
“Infarto e AVC são mais frequentes porque estão atrelados diretamente aos fatores de risco relacionados ao nosso comportamento, como a falta de atividade física, o tabagismo, a obesidade, mau controle da pressão, uso exagerado de comidas ultraprocessadas, diabete mellitus e o sono ruim. Tudo isso faz com que o AVC e o infarto sejam as doenças mais prevalentes, que mais matam as pessoas no Brasil e no mundo”.
O especialista orienta que o paciente passe a frequentar um cardiologista a partir dos 30 anos, principalmente se houver histórico familiar de doenças cardiovasculares. “Se você está construindo hábitos ruins, você aumenta as chances e pode ter os sinais, como um cansaço ao esforço, que na verdade é um tipo de aviso para o infarto. Você não controlando a sua pressão e fumando, você aumenta o risco de AVC. Às vezes, elas são silenciosas e não dão sinais”.