Consultora financeira explica sobre a nova liberação de empréstimo para quem é beneficiário do BPC
Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: Assessoria
Após quase 5 meses trabalhando na rua embaixo de tendas improvisadas, os comerciantes do Shopping Popular começaram a atender na estrutura provisória. As tendas emprestadas que abrigavam os lojistas na avenida Carmindo de Campos foram desmontadas na terça-feira (10). No novo espaço, os 600 comerciantes estarão distribuídos em 216 contêineres, em que cada um contém 3 bancas.
Ao GD, o presidente da Associação dos Camelôs de Cuiabá, Misael Galvão, afirmou que a inauguração oficial será no sábado (14).
“A partir de quarta os nossos clientes já vão fazer compras dentro do Shopping Popular. Não vai ter esse transtorno de trabalho (as obras) porque tudo vai ser feito somente à noite”, pontuou o empresário.
“Eu espero que todo mundo faça esse mutirão esta semana para que dia 14, próximo sábado, seja a inauguração oficial do novo Shopping Popular provisório”, finaliza.
Grande parte dos associados, entretanto, continua migrando para o novo espaço. Na semana passada, os comerciantes pediram o adiamento da mudança em virtude de a estrutura estar inacabada. A energia elétrica foi finalizada há poucos dias, possibilitando a realocação. As portas de cada banca é responsabilidade de cada lojista, conforme a associação.
O vendedor Mariano Raphael, 26, trabalha no camelô há 9 anos e está trabalhando na rua, após o incêndio, desde agosto. Apesar de apontar a qualidade da temperatura no lugar provisório não ser adequada, argumenta que é o espaço mais adequado comparado onde até então estava atendendo.
“A gente não pode continuar aqui. Dezembro é muito movimentado para esse pequeno espaço, a gente não vai conseguir atender todos os clientes”, pontua o comerciante. “Tendo lugar para a gente colocar todos os nossos produtos. (Trabalhar na rua) É fora de cogitação. Isso aqui é uma vida que não dá para levar por muito tempo. Então, sim, está satisfatória (estrutura nova) para quem não tem nada. Para o que era antes, não. Realmente, não dá para comparar”, concluiu.
À reportagem, os comerciantes também denunciaram uma difícil comunicação entre a associação e os próprios lojistas. Mariano indica que, durante as reuniões gerais, as divergências de opiniões interrompem as conversas. Já da associação, o vendedor gostaria de mais transparência na gestão.
“Digamos que você tenha uma loja e paga todos os meses R$ 1.500 reais de taxa, são 600 lojas, no total vai dar uns 900 mil. A gente não sabe para onde está indo esse dinheiro, se está investindo no Shopping. Então, eu gostaria muito de uma prestação de conta mesmo”, sinaliza.
Assessoria
Ainda sobre o prédio incendiado, o lojista aponta que “No final mesmo, o shopping já estava com uma estrutura ruim, não estava tendo reforma, não estava tendo manutenção e isso dificulta muito para a gente”.
O anseio também é compartilhado pela vendedora Midian Oliveira da Silva, 31, que já está realizando suas atividades na estrutura provisória.
“É muito dinheiro que rola aqui. A taxa é caríssima. Então, para onde vai esse dinheiro? Cadê o seguro do shopping? Eu achava que o shopping tinha seguro. A minha loja em si não tinha (seguro) de mercadoria e tal. Mas eu achava que a estrutura tinha seguro”, se indigna a comerciante.
“Então, eu espero que haja uma melhora na administração. Se já aconteceu tudo o que aconteceu”, finaliza.
O incêndio
Na madrugada do dia 15 de julho, o Shopping Popular de Cuiabá foi destruído por um incêndio que começou às 2h30 e se alastrou rapidamente.
Em 8 de outubro, a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), por meio da Gerência de Perícias em Meio Ambiente e Engenharia Legal, concluiu que o incêndio foi acidental. De acordo com o laudo divulgado, o fogo foi causado por um superaquecimento elétrico em um dos boxes do piso inferior do prédio.
Quanto à linha de crédito para os comerciantes afetados, no dia 23 de julho, o prefeito Emanuel Pinheiro anunciou uma linha de R$ 10 milhões, exclusiva para a retomada de vendas do comerciante do Shopping. Os 600 lojistas poderão receber até R$ 25 mil cada um, mediante análise de crédito. Até o momento, entretanto, mais informações não foram divulgadas.