Consultora financeira explica sobre a nova liberação de empréstimo para quem é beneficiário do BPC
Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: JOãO VIEIRA
Enquanto a população que vive em bairros regularizados em Cuiabá conta com o abastecimento de água, mesmo que de maneira intermitente em algumas regiões, a realidade é bem diferente para milhares de pessoas que moram em áreas de ocupação irregular. Hoje, em Cuiabá, existem 136 áreas de ocupação irregular e as famílias que vivem nessas localidades não são beneficiadas com o abastecimento de água e esgoto pela concessionária.
A captação da água ocorre de maneira irregular. Os moradores utilizam pontos de fuga de água de outras localidades que são abastecidas e isso acaba afetando a regularidade no fornecimento de água nas áreas regulares. As “gambiarras” ou “gatos” estão entre os grandes responsáveis pela perda de quase 50% da água tratada durante a distribuição. Não há uma estimativa oficial de quantas famílias vivem nestes locais.
Segundo o diretor-geral da Águas Cuiabá, Leonardo Menna, não existe para 2025 previsão para a implantação de água e esgoto, nem mesmo de maneira provisória, para atender as famílias que vivem nessas localidades.
“É importante a concessionária atuar nessas áreas irregulares para resolver o problema da intermitência e também para oferecer qualidade de vida para essas famílias, mas esse trabalho é complexo pois, muitas dessas áreas, são de preservação permanente e a discussão para levar água para essas localidades precisa envolver outros órgãos”.
Ressalta que depois de uma discussão mais ampla, com a participação do Ministério Público, Secretarias de Meio Ambiente municipal e estadual, prefeitura e concessionária, será possível prever esses investimentos, que não estão no escopo original da concessão. “Somente após tratativas e autorização desses órgãos é possível avançar nesse sentindo, incluindo essas áreas no contrato para serem atendidas”.
Taiane Aparecida, 22, que mora há 8 anos no bairro Terra Prometida, uma área de ocupação irregular, e conta que sofre muito com a falta de água.
“Todos os moradores tiveram que comprar mangueira para tentar obter a água que é captada em um único ponto de entrada, mas isso só ameniza o problema porque, mesmo com essa captação aqui, chega a ficar sem água por dias. É preciso tirar o ar para a água descer pelas mangueiras. A dificuldade é grande”. Ela precisou comprar três caixas d’água. “Quando a água vem, eu já encho as caixas d’água para não ficar sem. Não é fácil viver assim, tenho que carregar baldes com água o dia todo para tomar banho e limpar a casa”