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O deputado estadual Faissal Calil (PV) pediu durante sessão plenária desta terça-feira (10), para alterar a Lei nº 10.524/2017, que trata sobre a comercialização e o consumo de bebidas alcoólicas fermentadas nos estádios de futebol situados no estado de Mato Grosso.
A Lei é de autoria do deputado Walter Rabelo, que faleceu em dezembro de 2014.
Segundo o parlamentar cuiabano, justificou que a venda e o consumo de bebidas alcoólicas em estádios e arenas desportivas foi recentemente liberada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o retorno da comercialização de cerveja nesses locais, é medida que se recomenda por diversas razões. Uma delas, é evitar a venda nos dias de jogos, a indevida e clandestina venda do produto nos arredores dos estádios, fato que acaba
propiciando tumulto, já que que a maioria dos torcedores ingressam no estádio quase no início da partida, porque ficam até o último segundo bebendo nos arredores do estabelecimento esportivo.
Na ocasião, o parlamentar do PV, ao informar que ficou satisfeito com a decisão do STJ, recomendou aos parlamentares do Poder Legislativo em alterar o disposto na referida lei estadual, principalmente, porque a venda de cerveja nos estádios como a Arena Pantanal já é permitida em Cuiabá.
“Em 2014, quando atuava como vereador pelo município de Cuiabá, nós autorizamos (vereadores) um projeto de Lei à FIFA, que é a instituição mais rica do futebol, a qual comercializa bebidas nas arenas, durante os jogos da Copa do Mundo. Mas infelizmente, o Ministério Público Estadual ficou em cima, os ajuizados também, não permitiram que a Federação Mato-grossense de Futebol vendesse. Pois sempre fiz o uso da palavra aqui na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, onde a mesma razão aplica-se o mesmo direito”, explicou o deputado Faissal Calil.
O deputado ainda declara que “não há motivo para proibir a FMF de vender bebidas nos estádios e permitir que a FIFA faça”.
Após comparar a situação das entidades desportivas quanto a decisão da Justiça, o parlamentar lembrou de uma ação promovida no Legislativo municipal.
“Naquela época, ingressamos, juntamente, com os nobres vereadores à aplicação da lei aqui no município de Cuiabá. Mas o Ministério Público Estadual prosseguiu em derrubar essa lei no Tribunal de Justiça. Nesta semana, tive a grata notícia de receber do STF, sobre a declaração da lei do nosso saudoso companheiro Valter Rabelo como legal, estabelecendo a venda das bebidas alcoólicas nos estádios”, completou Faissal.
O fiscalizador legislativo estadual também acrescentou que “as pessoas vão falar que não combina futebol com bebida alcoólica’. “Mas peraí, mas você não vai ao estádio para praticar o esporte e beber? Você vai para assistir. É como se fosse um espetáculo normal. Assistir qualquer outro espetáculo, como o show do cantor Roberto Carlos ou do Gusttavo Lima”, pontuou ele.
Por sua vez, Faissal ainda comentou que foi procurado pela presidência do Federação Mato-grossense de Futebol em corrigir um ítem da lei. “O único problema que consta na lei de autoria do deputado Walter Rabelo é limitar o tempo de venda das bebidas no intervalo dos jogos nos estádios. Não há porquê limitar até o intervalo. Então, precisamos modificar esse artigo da matéria, salientando que a comercialização em copo descartável, pode evitar que as pessoas lancem latinhas no meio do campo de futebol. Isso assegura, é legal, constitucional e moral. Espero contar com a aprovação da matéria a todos vocês”, salientou.
Vale lembrar que a matéria apresentada pelo deputado considera que “a comercialização nos estádios da cerveja, com teor alcoólico de no máximo 9%”.
Também, o parlamentar informou que sete estados do Brasil estão liberados à venda de bebidas alcoólicas nos estabelecimentos de jogos de futebol. São eles: Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.
“Não se justifica que o estado de Mato Grosso mantenha essa proibição. Nesse sentido, a venda de bebida nos estádios estimula a presença do torcedor, aumenta a arrecadação de tributos pelo Estado, aumenta a geração de emprego, e não guarda relação com o aumento da violência”, concluiu.