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Quatro integrantes de uma quadrilha que se passavam por policiais civis foram presos em flagrante pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil, na terça-feira (10).
Os homens – identificados pelas iniciais H.C.R.S., Y.R.P.S., E.F.C.J. e K.R.P. – foram autuados em flagrante pelos crimes de associação criminosa armada, posse de munição e posse de arma artesanal, além de posse de drogas para consumo pessoal.
As investigações começaram após a GCCO receber denúncia de que na última quinta-feira (5) um grupo armado que se identificava como policiais civis da própria Gerência rendeu um advogado, no Bairro Campo Velho, em Cuiabá, mantendo-o refém e realizando extorsão.
Mesmo após o crime, o grupo manteve as ameaças e cobranças via mensagens e ligações durante o final de semana e na segunda-feira (9), quando a vítima procurou a GCCO.
Com a informação de que as ligações para a vítima eram realizadas de um hotel da Capital, os policiais da GCCO foram até o estabelecimento, onde conseguiram identificar H.C.R.S., que se hospedou no local desde o dia 6 e saiu sem pagar o consumo. Enquanto os policiais estavam no hotel, Y.R.P.S. chegou ao estabelecimento a procura de H.C.R.S.
Questionado, Y.R.P.S. acabou revelando o seu envolvimento com o grupo e o local em que H.C.R.S. estaria, um outro hotel, no Bairro Araés.
Os policiais então seguiram até o local, onde encontraram H.C.R.S. junto com os outros suspeitos E.F.C.J. e K.R.P.. Com eles, foram apreendidos uma pistola falsa, munições de calibre.38, além de uma porção de maconha.
Diante das evidências, os quatro suspeitos foram conduzidos à GCCO, onde H.C.R.S. e Y.R.P.S. foram reconhecidos como os autores da extorsão praticada contra o advogado.
Interrogado, Y.R.P.S. disse ser vigilante e informou aos policiais que possui armas de fogo na residência, sendo duas armas registradas, uma pistola calibre 380 e um revólver calibre 38.
Na residência do suspeito, os policiais localizaram uma arma de fogo artesanal, calibre 20 e munições do mesmo calibre, além de colete balístico e algemas.
Segundo a delegada, Juliana Chiquito Palhares, os levantamentos realizados pela equipe do GCCO indicam que a quadrilha já atuou em outros crimes e que cabia a Y.R.P.S. o fornecimento das armas para as ações. “Eles se passavam por policiais civis e H.C.R.S. já registrou dois boletins de ocorrência em que se passou por policial, registrando o extravio da sua carteira funcional e do porte de arma de fogo”, disse.