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Prisão do oficial aconteceu na última terça-feira em Campo Verde; ele teria exigido R$ 1 mil
Um tenente-coronel da reserva da Polícia Militar, identificado como N.H.S., foi preso acusado de extorquir o proprietário de uma fazenda em Campo Verde (140 km de Cuiabá).
O caso ocorreu na última terça-feira (29). Além dele, outra pessoa, que se apresentou como jornalista, também foi presa.
Segundo a PM, a vítima relatou que o coronel, em “tom ameaçador”, exigia que ele comprasse um espaço em seu jornal. E que, por medo, acabou comprando o espaço por R$ 1 mil.
De acordo com o fazendeiro, o coronel da PM havia lhe dito que o jornal contribui com as forças de segurança de Campo Verde.
Assim que os dois deixaram a sua propriedade, a vítima acionou a Polícia Militar, que os localizou ainda na MT-251.
Durante a abordagem, a Polícia constatou que o rapaz que se identificou como jornalista havia deixado o Presídio da Mata Grande há pouco mais de um mês.
Questionados a respeito do que faziam na região, os dois disseram que estavam atrás de patrocínio para o jornal.
Ainda na conversa, o oficial teria tentado intimidar os PMs. “Se eu tivesse com uma arma aqui, isso não ficaria assim. Para eu matar 5 ou 6 é daqui para ali, sou Selva”, teria dito, conforme registrado no B.O..
Os dois foram encaminhados para o quartel da 8ª Companhia de Polícia Militar, onde o oficial teria se recusado a entregar seus documentos pessoais e acabou tendo a prisão decretada.
A Polícia Militar comunicou que os policiais envolvidos na ocorrência irão acionar o coronel na justiça pela ameaça durante a abordagem. O fazendeiro não quis ir até a delegacia prestar queixa por medo de represálias.
Por meio de nota a assessoria de imprensa da Polícia Militar afirmou que está aguardando a documentação referente a ocorrência para analisar e definir o procedimento a ser instaurado.
O caso ainda será investigado pela Polícia Civil.
Outro lado
À reportagem do Midianews, o tenente-coronel negou que tenha sido preso, relatando que foi liberado pela polícia no mesmo dia. Segundo ele, os policiais que o abordaram o coagiram e tentaram intimidá-lo.
“Eu não extorqui ninguém. Apenas mostrei o jornal pra ele [fazendeiro]”, afirmou.
De acordo com ele, no dia em questão estava atuando como jornalista, em busca de patrocínio para o site, quando foi abordado e levado para o quartel da cidade. Segundo ele, os policiais não permitiram que ele telefonasse ou se alimentasse durante o tempo que permaneceu no local.
“Eles cometeram abuso de poder. Eu fui até o quartel por minha vontade. Contei toda a história sobre o que aconteceu. Eu fui liberado no mesmo dia. O delegado que me liberou por telefone. Não me deixaram comer, não me deixaram ligar. Eles me coagiram”, afirmou.
“Eu fiz uma venda. Eu não ameacei. Sou jornalista, mostrei nosso site. Isso [sobre a ameaça] não é verdade, fizemos um recibo da venda. [Foram] cinco homens em cima de mim, me coagindo”, relatou.