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Geraldo Júnior e líder de quadrilha de roubo a banco foram mortos na manhã de sexta-feira
O empresário Geraldo Silveira de Souza Junior, de 36 anos, morto a tiros na sexta-feira (03), possuia diversas passagens pela Delegacia da Polícia Civil de Nobres (a 145 km de Cuiabá).
Ele foi morto ao lado do chefe de quadrilha do “Novo Cangaço”, Lindomar Alves de Almeida. Eles estavam em uma caminhonete Hilux quando dois homens encapuzados desceram, abordaram as vítimas e atiraram.
O investigador Benedito Ribeiro Taques, da Polícia Civil, contou ao MidiaNews que Geraldo tinha uma borracharia em Nobres e já tinha passagens pela delegacia local.
“De tempos em tempos ele vinha à delegacia com diversos rolos. Como golpes de carro Finan [financiamentos de carro ilegais], cheques sem fundos, cobranças…”, disse o investigador.
A suspeita é de que Geraldo poderia estar trabalhando como segurança particular de Lindomar.
“Segundo informações, Lindomar estava requisitando segurança para ele. E eu acredito que o Geraldo deveria ser segurança dele, para estar junto na caminhonete. O Lindomar estava mexendo com sítio que o pai deixou no distrito de Coqueiral”, afirmou.
A Polícia Civil da cidade já instaurou uma investigação sobre o caso. Mas, segundo o investigador, deve ter dificuldades em encontrar testemunhas do crime. “Ninguém sabe de nada. Ninguém viu nada. E quem sabe não irá falar. Os caras não eram flor que se cheira”, disse.
O caso
O líder de quadrilha de assalto a banco na modalidade “Novo Cangaço”, Lindomar Alves de Almeida, conhecido como “Nenezão”, foi assassinado a tiros no final da manhã de sexta-feira.
Lindomar morreu na hora. Já o empresário foi socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do hospital.
Em outubro de 2019, Lindomar foi condenado a 10 anos e três meses de prisão, em regime fechado, além de 16 dias multa
A decisão foi da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e refere-se ao roubo do Banco do Brasil em Paranatinga (a 373 km de Cuiabá), ocorrido em julho de 2011. Na ocasião, foram levados mais de R$ 1 milhão.
O assaltante já havia sido condenado pelos fatos em julho do ano passado. A condenação, porém, foi anulada em agosto pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou um novo julgamento.
No “Novo Cangaço”, os criminosos, fortemente armados (com fuzis, metralhadoras e escopetas calibre 12), invadem uma agência bancária – normalmente em cidades pequenas -, provocam terror generalizado e usam as vítimas como escudo humano, como meio de assegurar a fuga.