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Ministério Público quer suspender ação penal contra Rogers Jarbas por ameaça a colega
O juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da Sétima Vara Criminal, marcou audiência para que o Ministério Público Estadual (MPE) apresente proposta para suspender o processo no qual o ex-secretário de Segurança Rogers Jarbas é réu.
Jarbas é acusado de ameaçar o também delegado Flávio Stringueta. Ele teria perseguido e ameaçado Stringueta no Supermercado Big Lar, em março 2018.
Segundo consta na ação penal, o MPE pediu pela suspensão condicional do processo, benefício que pode ser posto a crimes de menor gravidade.
“O Ministério Público ofereceu a proposta do benefício de suspensão condicional do processo. Desta forma, designo o dia 30/03/2020, às 14h, para apresentação da proposta do Ministério Público de suspensão condicional do processo”, determinou o magistrado.
Caso aceito pelo magistrado, o processo será suspenso e medidas similares a cautelares serão interpostas. Como não se ausentar da comarca sem prévio aviso e até não frequentar locais determinados pelo juiz.
Réu
Em outubro, Jorge Tadeu acatou a denúncia do MPE e Jarbas se tornou réu na ação penal. Ele foi denunciado pelo crime previsto no artigo 344 do Código Penal, que consiste em “usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral”. A pena prevista é de um a quatro anos de reclusão e multa.
Stringueta comandou a Operação Esdras, desencadeada em 2017, que desbaratou um grupo acusado de tentar obter a suspeição do desembargador Orlando Perri no caso conhecido como “Grampolândia Pantaneira”. Entre os presos, estava o ex-secretário.
O caso refere-se a um fato ocorrido no dia 28 de março do ano passado, no interior do Supermercado Big Lar. Na ocasião, o ex-secretário passou a monitorar Stringueta, na tentativa de “mapeá-lo” em dois momentos.
Após as tentativas de intimidação no interior do supermercado, o ex-secretário ainda procurou a vítima no estacionamento provocando uma discussão, chamando-o de “safado” e instando-o a resolver as coisas de “homem pra homem”.
O ex-secretário ainda teria dito que sua prisão foi uma armação do desembargador Orlando Perri.
As imagens do circuito interno, de acordo com a denúncia do MPE, demonstram que a investida de Rogers teve requinte de premeditação.