Consultora financeira explica sobre a nova liberação de empréstimo para quem é beneficiário do BPC
O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, condenou o réu Daniel Bruno Cavalcante Nunes a 4 anos, 9 meses e 5 dias de reclusão, em regime semiaberto, por seu envolvimento com o Comando Vermelho. A decisão foi proferida nesta terça-feira (22). Daniel e outros 18 réus foram presos em 2021 no âmbito da Operação Parasita, que investigava o tráfico interestadual de drogas.
Segundo a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), o grupo do qual Daniel Nunes fazia parte é conhecido pela extrema violência e pela prática de diversos crimes, como tráfico de drogas, tortura, homicídios e roubos, tanto dentro quanto fora dos presídios. A atuação da organização causou graves impactos à sociedade, com ramificações em todo o país.
O magistrado destacou a “culpabilidade exacerbada” do réu, que integrava um esquema criminoso articulado, com divisão clara de funções e envolvimento em crimes brutais. Contudo, foi considerado que o réu não possuía maus antecedentes, o que influenciou na dosimetria da pena.
Operação Parasita, conduzida pelo Ministério Público, visou investigar e desmantelar uma organização criminosa envolvida no tráfico interestadual de drogas para o Comando Vermelho. As investigações identificaram movimentações suspeitas que somavam cerca de R$ 18 milhões na conta de apenas um dos suspeitos, valor usado para financiar atividades ilícitas da facção.
“Poucos elementos foram coletados a respeito da personalidade do agente, razão pela qual deixo de valorá-la; as consequências do crime fazem parte do tipo penal, de modo que não cabe a valoração negativa; a vítima é genérica e não merece valoração. Dessa forma, verificando-se a existência de uma circunstância judicial desfavorável ao réu, fixo a pena-base em 04 (quatro) anos e 01 (um) mês de reclusão”, concluiu o juiz.