Cultura

Três Homens de Fé: exposição em Salvador celebra os santos juninos

Publicado em

Cultura

Ao todo, 17 artistas visuais baianos celebram a religiosidade popular e a cultura das festas juninas. A mostra Três Homens de Fé, Antônio, João e Pedro,  apresenta trabalhos que expressam a trajetória e o legado dos três santos mais populares do mês de junho.

Segundo o curador da exposição, Mário Edson, os artistas foram convidados a interpretar essas figuras sacras a partir do imaginário coletivo, crenças e tradições culturais.

“A ideia era pesquisar sobre a vida dos três, para que a questão não se prendesse apenas à estética, mas tivesse um viés da simbologia de cada um deles. Cada imagem guarda uma representatividade baseada nos elementos que a compõem. Cada santo tem os elementos que formam a sua imagem, e esses elementos transitam no universo deles e nos trazem a mensagem que eles querem passar.”

As obras expostas vão de fotografias a mosaicos, passando por pinturas, digitais, esculturas, colagens e técnicas mistas. Cada peça traz uma leitura singular sobre a representação artística do sagrado. O curador Mario Edson ressalta ainda que a exposição valoriza a conexão entre arte, fé e tradição popular.

A exposição Três Homens de Fé, Antônio, João e Pedro segue aberta até o dia 30 de junho, de segunda a sábado, das 13h às 19h, no Espaço Uno, na Rua da Ordem Terceira, no Pelourinho, Salvador (BA) com visitação gratuita.


Fonte: EBC Cultura

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Cultura

1ª negra imortal: escritora Ana Maria Gonçalves toma posse na ABL

Publicados

em

A atualidade da obra de Ana Maria Gonçalves, que aborda temas históricos e raciais em seus livros, foi destacada nesta sexta-feira (7) durante a posse da escritora na Academia Brasileira de Letras. Ela é a primeira autora negra eleita como imortal na instituição, e ocupará a cadeira de número 33, antes do gramático Evanildo Bechara.

Ana Maria Gonçalves é reconhecida especialmente pelo livro Um Defeito de Cor. A obra narra, em 952 páginas, a história de Kehinde, uma mulher africana que atravessa o século 19 buscando reencontrar o filho. Além de escritora, Ana Maria Gonçalves é roteirista, dramaturga e professora. A nova acadêmica reforçou o significado de sua presença para a renovação da ABL.


São Paulo 08/11/2025 Ana Maria Gonçalves toma posse na ABL e se torna primeira mulher negra a ocupar cadeira na instituição. Foto: ABL/ Dani Paiva.
São Paulo 08/11/2025 Ana Maria Gonçalves toma posse na ABL e se torna primeira mulher negra a ocupar cadeira na instituição. Foto: ABL/ Dani Paiva.

Ana Maria Gonçalves toma posse na ABL Foto: ABL/ Dani Paiva.

“Cá sou eu hoje, 128 anos depois de sua fundação, como a primeira escritora negra eleita para a Academia Brasileira de Letras, falando português e escrevendo a partir de noções de oralidade e escrevivência. E assumo para mim como uma uma das missões: promover a diversidade nessa casa e fazer avançar as coisas nas quais nela eu sempre critiquei, como a falta de diversidade na composição de seus membros, uma abertura maior para o público e o maior empenho na divulgação e na promoção da literatura brasileira.”

O discurso de abertura da cerimônia foi feito pela imortal Lilia Schwarcz. A historiadora e antropóloga destacou a posse e a obra de Ana Maria no contexto de violência contra as pessoas negras.

Nunca o livro de Ana foi tão atual como nos dias de hoje com as chacinas nos complexos do Alemão e da Penha.  Kehinde é uma mãe que viu um filho morrer e outro desaparecer. Simbolicamente, ela é mais uma das muitas mães brasileiras enlutadas que seguem lutando.”

A escritora Conceição Evaristo também enfatizou a importância da luta racial, especialmente na literatura.

“Eu acho que mais uma vez a história brasileira bem manchada de sangue, né? E o que que a literatura pode fazer nisso? Quer dizer, olhando, é, na primeira mão, na hora do desespero, a literatura não pode fazer nada. Depois quando você pensa, eu acho que a literatura é o lugar mesmo de você, é, tentar resolver essa realidade, né? Imaginar uma outra realidade, imaginar uma outra um um outro destino para o Brasil, né?”

Já a escritora Eliana Alves Cruz falou sobre a relevância do momento e a aproximação da academia com a população.

“É um momento mágico, né? É um momento esperado, aguardado. E um tanto atrasado, né? Eu acho, porque muita gente esperou para ter alguém aqui. Eu espero que seja o começo de uma renovação para a ABL, de uma aproximação com o povo.”

O evento foi marcado pela presença de escritores e artistas, além de representantes da cultura negra brasileira.


Fonte: EBC Cultura

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

POLÍTICA

POLÍCIA

ESPORTES

ENTRETENIMENTO

MAIS LIDAS DA SEMANA