Cultura
Alunos da rede pública produzem curta de animação para o Cine Ceará
Cultura
Vinte estudantes de escolas públicas estão empenhados em desenvolver uma importante tarefa: produzir um curta-metragem de animação que será lançado na noite de abertura do 35º Cine Ceará, Festival Ibero-Americano de Cinema, no dia 20 de setembro. O tema do curta é segurança da população, comportamento e uso da energia elétrica.

Os 20 estudantes e, quem sabe, futuros cineastas, foram selecionados dentre 100 participantes da primeira fase do projeto Compartilhe Animação, realizado este mês em Fortaleza, em cinco escolas públicas municipais e estaduais. O cineasta Telmo Carvalho fala sobre como ocorreu o processo de criação dos estudantes.
“Os alunos começam com aulas teóricas, onde aprendem sobre roteiro, criação de personagem, cenário, animação, arte final. Depois, colocam tudo isso em prática. Eles criam os desenhos que são animados. Por fim, o curta é finalizado com a edição e a trilha sonora”.
Tratar o tema energia de forma divertida. Esse é um dos objetivos do projeto, que também visa estimular a criatividade dos estudantes, como destaca o cineasta Telmo Carvalho:
“A animação busca estimular a criatividade e o interesse pela arte. Além disso, promove o acesso à linguagem da animação para estudantes da rede pública de ensino. O tema é o uso consciente da energia elétrica. A proposta é tratar esse assunto de forma leve e divertida”.
Na abertura do Cine Ceará, os produtores do curta estarão na plateia do Cine Teatro São Luís para receber seu certificado.
Esta é a quarta edição do projeto Compartilhe Animação, que já contemplou mais de 360 crianças desde a sua criação, em 2017.
Cultura
1ª negra imortal: escritora Ana Maria Gonçalves toma posse na ABL
A atualidade da obra de Ana Maria Gonçalves, que aborda temas históricos e raciais em seus livros, foi destacada nesta sexta-feira (7) durante a posse da escritora na Academia Brasileira de Letras. Ela é a primeira autora negra eleita como imortal na instituição, e ocupará a cadeira de número 33, antes do gramático Evanildo Bechara.

Ana Maria Gonçalves é reconhecida especialmente pelo livro Um Defeito de Cor. A obra narra, em 952 páginas, a história de Kehinde, uma mulher africana que atravessa o século 19 buscando reencontrar o filho. Além de escritora, Ana Maria Gonçalves é roteirista, dramaturga e professora. A nova acadêmica reforçou o significado de sua presença para a renovação da ABL.
“Cá sou eu hoje, 128 anos depois de sua fundação, como a primeira escritora negra eleita para a Academia Brasileira de Letras, falando português e escrevendo a partir de noções de oralidade e escrevivência. E assumo para mim como uma uma das missões: promover a diversidade nessa casa e fazer avançar as coisas nas quais nela eu sempre critiquei, como a falta de diversidade na composição de seus membros, uma abertura maior para o público e o maior empenho na divulgação e na promoção da literatura brasileira.”
O discurso de abertura da cerimônia foi feito pela imortal Lilia Schwarcz. A historiadora e antropóloga destacou a posse e a obra de Ana Maria no contexto de violência contra as pessoas negras.
“Nunca o livro de Ana foi tão atual como nos dias de hoje com as chacinas nos complexos do Alemão e da Penha. Kehinde é uma mãe que viu um filho morrer e outro desaparecer. Simbolicamente, ela é mais uma das muitas mães brasileiras enlutadas que seguem lutando.”
A escritora Conceição Evaristo também enfatizou a importância da luta racial, especialmente na literatura.
“Eu acho que mais uma vez a história brasileira bem manchada de sangue, né? E o que que a literatura pode fazer nisso? Quer dizer, olhando, é, na primeira mão, na hora do desespero, a literatura não pode fazer nada. Depois quando você pensa, eu acho que a literatura é o lugar mesmo de você, é, tentar resolver essa realidade, né? Imaginar uma outra realidade, imaginar uma outra um um outro destino para o Brasil, né?”
Já a escritora Eliana Alves Cruz falou sobre a relevância do momento e a aproximação da academia com a população.
“É um momento mágico, né? É um momento esperado, aguardado. E um tanto atrasado, né? Eu acho, porque muita gente esperou para ter alguém aqui. Eu espero que seja o começo de uma renovação para a ABL, de uma aproximação com o povo.”
O evento foi marcado pela presença de escritores e artistas, além de representantes da cultura negra brasileira.
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