Cultura
Começa o Festival de Inverno de Garanhuns, em Pernambuco
Cultura
Começa nesta quinta-feira (10) e segue até o próximo dia 27 de julho, a 33ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns, em Pernambuco. 

Considerado o Maior Festival Multicultural da América Latina, o evento celebra 35 anos de existência em 2025.
Os mais de 20 polos de cultura espalhados pela cidade irão abrigar diversas linguagens artísticas, como música, teatro, cinema, fotografia, dança, cultura popular, circo e gastronomia. A programação é totalmente gratuita e a expectativa dos organizadores é que cerca de 2 milhões de pessoas passem pelo festival ao longo dos 18 dias de evento.
O homenageado deste ano é o xilógrafo, poeta e cordelista J. Borges. Natural da cidade de Bezerros e reconhecido como Patrimônio Vivo de Pernambuco, ele eternizou em sua arte, o cotidiano e alma do povo nordestino.
Somente no tradicional Palco Mestre Dominguinhos, o principal do Festival, serão em torno de 50 shows de artistas dos mais variados gêneros; a música de Conde Só Brega, Xamã, Nação Zumbi, Elba Ramalho, Ana Carolina, Jorge Aragão, Joelma, Edson Gomes e Arnaldo Antunes são alguns dos cantores e bandas que levam a democracia musical para o festival.
Tanto a cultura pernambucana, quanto a regional estarão presentes no Palco de Cultura Popular Ariano Suassuna, trazendo atrações como Mestre João Limoeiro; Mestre Galo Preto; João do Pife e Banda Dois Irmãos e Coco Raízes de Arcoverde.
Outro momento esperado pelo público são os cortejos culturais de fim de semana saindo do Relógio de Flores em direção ao Parque Euclides Dourado. Este ano, quem comanda essa tradição são o Boi da Macuca, o Bloco da Saudade, o Maracatu Leão Vencedor de Carpina e a Troça Carnavalesca Mista John Travolta.
E pra quem gosta de se planejar, não vai ter desculpas para conhecer ou voltar para o Festival no ano que vem. A prefeitura já anunciou que a edição 2026 acontecerá entre os dias 09 e 26 de julho.
A programação completa do festival está disponível no site fig.com.br
Cultura
1ª negra imortal: escritora Ana Maria Gonçalves toma posse na ABL
A atualidade da obra de Ana Maria Gonçalves, que aborda temas históricos e raciais em seus livros, foi destacada nesta sexta-feira (7) durante a posse da escritora na Academia Brasileira de Letras. Ela é a primeira autora negra eleita como imortal na instituição, e ocupará a cadeira de número 33, antes do gramático Evanildo Bechara.

Ana Maria Gonçalves é reconhecida especialmente pelo livro Um Defeito de Cor. A obra narra, em 952 páginas, a história de Kehinde, uma mulher africana que atravessa o século 19 buscando reencontrar o filho. Além de escritora, Ana Maria Gonçalves é roteirista, dramaturga e professora. A nova acadêmica reforçou o significado de sua presença para a renovação da ABL.
“Cá sou eu hoje, 128 anos depois de sua fundação, como a primeira escritora negra eleita para a Academia Brasileira de Letras, falando português e escrevendo a partir de noções de oralidade e escrevivência. E assumo para mim como uma uma das missões: promover a diversidade nessa casa e fazer avançar as coisas nas quais nela eu sempre critiquei, como a falta de diversidade na composição de seus membros, uma abertura maior para o público e o maior empenho na divulgação e na promoção da literatura brasileira.”
O discurso de abertura da cerimônia foi feito pela imortal Lilia Schwarcz. A historiadora e antropóloga destacou a posse e a obra de Ana Maria no contexto de violência contra as pessoas negras.
“Nunca o livro de Ana foi tão atual como nos dias de hoje com as chacinas nos complexos do Alemão e da Penha. Kehinde é uma mãe que viu um filho morrer e outro desaparecer. Simbolicamente, ela é mais uma das muitas mães brasileiras enlutadas que seguem lutando.”
A escritora Conceição Evaristo também enfatizou a importância da luta racial, especialmente na literatura.
“Eu acho que mais uma vez a história brasileira bem manchada de sangue, né? E o que que a literatura pode fazer nisso? Quer dizer, olhando, é, na primeira mão, na hora do desespero, a literatura não pode fazer nada. Depois quando você pensa, eu acho que a literatura é o lugar mesmo de você, é, tentar resolver essa realidade, né? Imaginar uma outra realidade, imaginar uma outra um um outro destino para o Brasil, né?”
Já a escritora Eliana Alves Cruz falou sobre a relevância do momento e a aproximação da academia com a população.
“É um momento mágico, né? É um momento esperado, aguardado. E um tanto atrasado, né? Eu acho, porque muita gente esperou para ter alguém aqui. Eu espero que seja o começo de uma renovação para a ABL, de uma aproximação com o povo.”
O evento foi marcado pela presença de escritores e artistas, além de representantes da cultura negra brasileira.
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