Cultura

Viva Maria entrevista atriz Maeve Jinkings no Dia do Cinema Brasileiro

Publicado em

Cultura

Saudações de amor e fé para todo mundo que, em procissão, celebra o feriado de Corpus Christi. Ao longo do dia as ruas de diversos estados brasileiros estarão sendo cobertas por belos tapetes feitos de serragem colorida e muitas flores.

E é neste cenário de adoração, que o Viva Maria gostaria de estampar com as cores da nossa bandeira as principais avenidas desse nosso país numa tentativa de enaltecer as razões que nos fazem ter orgulho de ter nascido nesse país. Aliás, razões não faltam, mas hoje, muito especialmente, é dia de aplaudir de pé uma delas. Falo do cinema nacional.

Hoje é o dia dele e nós vamos celebrar a data ouvindo Maeve Jinkings, atriz que teve a honra de participar do filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles. Filme que é, indiscutivelmente, um marco importante para o cinema brasileiro. Além do cinema e do teatro, Maeve foi Domingas na minissérie Regra do Jogo. Domingas, uma mulher que sofre violência e que apesar de muitos abusos, tem dificuldade em reagir, o que gera reflexões e debates sobre a complexidade da violência doméstica e a dificuldade de quem sofre na pele essa tortura, né?

De Domingas a Cecília Cantanhede na novela Vale Tudo, que está no ar nesse momento, a nós interessa conhecer um pouco mais a vida e a carreira de Maeve. Confira entrevista no player.


Fonte: EBC Cultura

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Cultura

1ª negra imortal: escritora Ana Maria Gonçalves toma posse na ABL

Publicados

em

A atualidade da obra de Ana Maria Gonçalves, que aborda temas históricos e raciais em seus livros, foi destacada nesta sexta-feira (7) durante a posse da escritora na Academia Brasileira de Letras. Ela é a primeira autora negra eleita como imortal na instituição, e ocupará a cadeira de número 33, antes do gramático Evanildo Bechara.

Ana Maria Gonçalves é reconhecida especialmente pelo livro Um Defeito de Cor. A obra narra, em 952 páginas, a história de Kehinde, uma mulher africana que atravessa o século 19 buscando reencontrar o filho. Além de escritora, Ana Maria Gonçalves é roteirista, dramaturga e professora. A nova acadêmica reforçou o significado de sua presença para a renovação da ABL.


São Paulo 08/11/2025 Ana Maria Gonçalves toma posse na ABL e se torna primeira mulher negra a ocupar cadeira na instituição. Foto: ABL/ Dani Paiva.
São Paulo 08/11/2025 Ana Maria Gonçalves toma posse na ABL e se torna primeira mulher negra a ocupar cadeira na instituição. Foto: ABL/ Dani Paiva.

Ana Maria Gonçalves toma posse na ABL Foto: ABL/ Dani Paiva.

“Cá sou eu hoje, 128 anos depois de sua fundação, como a primeira escritora negra eleita para a Academia Brasileira de Letras, falando português e escrevendo a partir de noções de oralidade e escrevivência. E assumo para mim como uma uma das missões: promover a diversidade nessa casa e fazer avançar as coisas nas quais nela eu sempre critiquei, como a falta de diversidade na composição de seus membros, uma abertura maior para o público e o maior empenho na divulgação e na promoção da literatura brasileira.”

O discurso de abertura da cerimônia foi feito pela imortal Lilia Schwarcz. A historiadora e antropóloga destacou a posse e a obra de Ana Maria no contexto de violência contra as pessoas negras.

Nunca o livro de Ana foi tão atual como nos dias de hoje com as chacinas nos complexos do Alemão e da Penha.  Kehinde é uma mãe que viu um filho morrer e outro desaparecer. Simbolicamente, ela é mais uma das muitas mães brasileiras enlutadas que seguem lutando.”

A escritora Conceição Evaristo também enfatizou a importância da luta racial, especialmente na literatura.

“Eu acho que mais uma vez a história brasileira bem manchada de sangue, né? E o que que a literatura pode fazer nisso? Quer dizer, olhando, é, na primeira mão, na hora do desespero, a literatura não pode fazer nada. Depois quando você pensa, eu acho que a literatura é o lugar mesmo de você, é, tentar resolver essa realidade, né? Imaginar uma outra realidade, imaginar uma outra um um outro destino para o Brasil, né?”

Já a escritora Eliana Alves Cruz falou sobre a relevância do momento e a aproximação da academia com a população.

“É um momento mágico, né? É um momento esperado, aguardado. E um tanto atrasado, né? Eu acho, porque muita gente esperou para ter alguém aqui. Eu espero que seja o começo de uma renovação para a ABL, de uma aproximação com o povo.”

O evento foi marcado pela presença de escritores e artistas, além de representantes da cultura negra brasileira.


Fonte: EBC Cultura

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

POLÍTICA

POLÍCIA

ESPORTES

ENTRETENIMENTO

MAIS LIDAS DA SEMANA