Cultura
Bienal de Dança do CE: bailarino Thiago Soares vai produzir espetáculo
Cultura
O bailarino Thiago Soares, que inspirou o premiado longa Um Lobo Entre os Cisnes, vai montar espetáculo para estreia na 15ª Bienal de Dança do Ceará. Para a montagem serão selecionados 16 bailarinos. Clarice Lima, co-diretora da Bienal, diz quem pode se candidatar às audições.

“A audição é destinada para bailarinas, bailarinos, bailarines, artistas da dança que têm uma sólida formação, ou seja, que elas tenham domínio de uma ou mais técnicas de dança e aí pode ser ballet clássico ou dança contemporânea, danças urbanas, danças populares. Nas audições, a gente consegue selecionar os participantes desse projeto. Então teremos aulas de diferentes técnicas para que cada um possa conseguir mostrar o seu melhor e a gente conseguir, através desse encontro, selecionar os participantes do projeto.”
As inscrições para audições podem ser feitas até o próximo dia 22 no perfil da Bienal de Dança no Instagram. A co-diretora do festival, Clarice Lima, fala sobre a trajetória do bailarino Tiago Soares.
“Tiago Soares é um bailarino incrível e a sua trajetória é marcada de muitas conquistas. Ele ganhou vários prêmios. Ele foi o primeiro bailarino do Royal Ballet de Londres por 18 anos, então ele conseguiu protagonizar grandes obras do repertório clássico contemporâneo. Ele se apresentou nos mais importantes palcos do mundo e além de tudo isso ele ainda desenvolveu uma carreira como coreógrafo, diretor artísticos de corpos estáveis. Então é uma pessoa que realmente promove a dança e tenta expandir os limites da dança, da dança clássica, da dança contemporânea num cenário brasileiro internacional.”
A ação é parte do programa percurso de criação da Bienal de Dança que promove a concepção de novas obras com artistas locais.
Clarice Lima, co-diretora da Bienal, explica o cronograma das atividades.
“Os ensaios começam logo após a audição. A gente tem 10 dias de ensaios, que são a primeira etapa do projeto, e a gente retoma em setembro os ensaios junto com Tiago, setembro, outubro, para a estreia desse espetáculo, que vai ser incrível, encerrando a Bienal de Dança do Ceará.”
A estreia do espetáculo com Tiago Soares será no dia 1º de novembro, no Teatro José de Alencar, integrando a 15ª Bienal de Dança do Ceará.
Cultura
1ª negra imortal: escritora Ana Maria Gonçalves toma posse na ABL
A atualidade da obra de Ana Maria Gonçalves, que aborda temas históricos e raciais em seus livros, foi destacada nesta sexta-feira (7) durante a posse da escritora na Academia Brasileira de Letras. Ela é a primeira autora negra eleita como imortal na instituição, e ocupará a cadeira de número 33, antes do gramático Evanildo Bechara.

Ana Maria Gonçalves é reconhecida especialmente pelo livro Um Defeito de Cor. A obra narra, em 952 páginas, a história de Kehinde, uma mulher africana que atravessa o século 19 buscando reencontrar o filho. Além de escritora, Ana Maria Gonçalves é roteirista, dramaturga e professora. A nova acadêmica reforçou o significado de sua presença para a renovação da ABL.
“Cá sou eu hoje, 128 anos depois de sua fundação, como a primeira escritora negra eleita para a Academia Brasileira de Letras, falando português e escrevendo a partir de noções de oralidade e escrevivência. E assumo para mim como uma uma das missões: promover a diversidade nessa casa e fazer avançar as coisas nas quais nela eu sempre critiquei, como a falta de diversidade na composição de seus membros, uma abertura maior para o público e o maior empenho na divulgação e na promoção da literatura brasileira.”
O discurso de abertura da cerimônia foi feito pela imortal Lilia Schwarcz. A historiadora e antropóloga destacou a posse e a obra de Ana Maria no contexto de violência contra as pessoas negras.
“Nunca o livro de Ana foi tão atual como nos dias de hoje com as chacinas nos complexos do Alemão e da Penha. Kehinde é uma mãe que viu um filho morrer e outro desaparecer. Simbolicamente, ela é mais uma das muitas mães brasileiras enlutadas que seguem lutando.”
A escritora Conceição Evaristo também enfatizou a importância da luta racial, especialmente na literatura.
“Eu acho que mais uma vez a história brasileira bem manchada de sangue, né? E o que que a literatura pode fazer nisso? Quer dizer, olhando, é, na primeira mão, na hora do desespero, a literatura não pode fazer nada. Depois quando você pensa, eu acho que a literatura é o lugar mesmo de você, é, tentar resolver essa realidade, né? Imaginar uma outra realidade, imaginar uma outra um um outro destino para o Brasil, né?”
Já a escritora Eliana Alves Cruz falou sobre a relevância do momento e a aproximação da academia com a população.
“É um momento mágico, né? É um momento esperado, aguardado. E um tanto atrasado, né? Eu acho, porque muita gente esperou para ter alguém aqui. Eu espero que seja o começo de uma renovação para a ABL, de uma aproximação com o povo.”
O evento foi marcado pela presença de escritores e artistas, além de representantes da cultura negra brasileira.
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