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Agroindústria e serviços puxam crescimento do PIB do agro

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O agronegócio de Minas Gerais teve um desempenho robusto em 2024. Segundo dados divulgados pela Fundação João Pinheiro (FJP), o Produto Interno Bruto (PIB) do setor atingiu R$ 235 bilhões, um crescimento nominal de R$ 20,5 bilhões em relação ao ano anterior. A valorização média de 10,2% nos preços das commodities foi o principal motor da expansão, compensando a queda de 0,5% no volume produzido.

Os resultados foram apresentados pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) e do Sistema Faemg Senar. Os dados apontam que o agronegócio respondeu por 22,2% do PIB mineiro, que totalizou R$ 1,058 trilhão em 2024.

Preço alto, produção estável

A queda na produção foi sentida principalmente nas atividades primárias, como lavouras e pecuária. No entanto, o aumento nos preços médios de grãos, café, leite e outras commodities — algumas com grande peso na pauta estadual — sustentou a rentabilidade do campo. O núcleo agropecuário (atividades agrícolas, pecuária e produção florestal) gerou R$ 70 bilhões em valor adicionado bruto (VAB), contra R$ 61,8 bilhões em 2023.

“A forte valorização de produtos agrícolas relevantes para Minas Gerais foi determinante para esse resultado”, avaliou o pesquisador da FJP, Raimundo Leal.

Indústria e serviços também crescem

Ao contrário do campo, a agroindústria mineira registrou crescimento real de 1,7% em 2024. Segmentos como a fabricação de alimentos, bebidas, biocombustíveis e derivados do fosfato puxaram o desempenho, junto com a aquisição de insumos estratégicos como petróleo refinado e energia elétrica.

Na área de serviços, atividades ligadas à comercialização, hospedagem, alimentação fora do lar e finanças também contribuíram de forma expressiva para o crescimento do setor.

“Mesmo com desafios climáticos e oscilações na produção, o agronegócio mineiro demonstrou resiliência por meio da integração de toda a cadeia produtiva”, avaliou Antônio de Salvo, presidente do Sistema Faemg Senar.

Participação consistente na economia

O agronegócio mineiro vem mantendo uma presença sólida na composição do PIB estadual ao longo dos últimos anos. Em 2022, o setor movimentou R$ 203,1 bilhões, o equivalente a 22,4% do PIB mineiro. Em 2023, esse valor chegou a R$ 214,5 bilhões, representando 22,1% da economia estadual. Já em 2024, os R$ 235 bilhões significam 22,2% de participação, consolidando o agro como um dos principais motores do crescimento regional.

Para o secretário estadual de Agricultura, Thales Fernandes, os números mostram o peso do setor na geração de empregos, no dinamismo comercial e nas exportações mineiras. “A mensuração precisa do PIB agropecuário nos permite entender a importância econômica e estratégica dessa atividade para Minas Gerais”, afirmou.

Fonte: Pensar Agro

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Exportações seguem firmes, mas preços internacionais recuam

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O setor sucroenergético brasileiro mantém ritmo acelerado de embarques no final de 2025. Dados da agência marítima Williams Brasil apontam que, até 5 de novembro, 80 navios aguardavam para carregar açúcar nos portos do país. O volume programado para exportação soma 3,059 milhões de toneladas, mantendo crescimento frente à semana anterior, quando estavam previstas 2,993 milhões de toneladas.

O Porto de Santos (SP) lidera os embarques nacionais, com 1,87 milhão de toneladas programadas. Paranaguá (PR) aparece na sequência, respondendo por 767 mil toneladas. Outros terminais participantes incluem São Sebastião (142,4 mil toneladas), Imbituba (37,9 mil), Maceió (126,5 mil), Recife (56,5 mil) e Suape (37 mil). A maior parte das cargas é composta por açúcar VHP (2,78 milhões de toneladas), seguido pelo Cristal B150, TBC e VHP em sacas.

Ainda segundo a agência, o relatório inclui navios já atracados, em fundeio ou com previsão de chegada até o fim de dezembro, indicando que o fluxo de exportações do setor deve permanecer intenso até o encerramento do ano.

O desempenho em outubro comprova a força do açúcar brasileiro no comércio internacional. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que o país exportou 4,2 milhões de toneladas de açúcar e melaços no mês, gerando receita de US$ 1,669 bilhão. O preço médio, porém, caiu para US$ 396,90 por tonelada, reflexo do aumento da oferta global e da queda nas cotações internacionais.

Apesar de a receita diária ter recuado 5,8% na comparação com outubro de 2024, houve aumento de 12,8% no volume exportado, fortalecendo o papel do Brasil como maior fornecedor mundial do produto. Com logística eficiente e portos preparados para grandes operações, o setor mantém sua competitividade, mesmo diante dos desafios do mercado exterior.

Fonte: Pensar Agro

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